31 de dezembro de 2006

Só faltou enforcarem o Saddam em praça pública, afirmando que o fazem pois assim Paz Mundial é garantida.
Enquanto isso, aumenta a tropa americana no Iraque e mata centenas de civis.

Mas é aquela velha história, né.
Pra acabar com a violência, basta tacar fogo no presídio e matar todos os bandidos, poxa! Hi-gi-e-ni-za-ção.

18 de dezembro de 2006

Então...

Eu estou em Maringá.
E, como algumas pessoas devem saber, no norte do Paraná faz um calor quase insuportável. Pra melhorar, o lugar mais quente do apartamento é o quartinho do computador, onde não passa um ventinho pra refrescar.
Venho intercalando horas vendo televisão com banhos de 20 minutos sem abrir a torneira de água quente.

Tipo agora, faz pouco mais de uma hora que eu tomei banho e já estou pensando em ir lá de novo. Ai, que inferno.

Até pensei em falar do show do Cachorro Grande que eu vi sexta (e que não teve braguilha aberta, mas o solo incansável repetiu-se), da festa que eu fui ontem e de como HBO Plus! com seus filmes bestiais me deixa muito, mas muito, entretida durante o ócio, mas...

11 de dezembro de 2006

Manoel Carlos nunca esteve tão empenhado para falar de preconceito como em Páginas da Vida.

Viva a Kaísha.

7 de dezembro de 2006

Coisas que só morar-com-amigos e ditados populares fazem por você

Flávia, Pedro e Elisa, no espaço sala/cozinha.
- Lisa, quer que eu lave essa louça?
- Não, pode deixar...
- Então tá, a de amanhã deixa pra mim, então.
- Tudo bem, Frah. Porque a vida é assim. Uma mão lava a outra e as duas lavam o pé. Ou então, como diz a vó do Pedro, lavam a bunda.
- Que tem minha vó?
- Tua vó não fala assim, Pedro? Você que me contou.
- Ah, é. E ela também chama aquilodamulher de loja.

E hoje, durante a novela.
- Lisa, você deu o convite do Acorde Curitiba! que você ganhou ontem pra Antonella?
- Dei, Frah. Eu não vou poder ir, né, vou ter vestibular no dia...
- Af, menina. Desse pra eu vender lá na frente, você ganharia vintão!
- Mas, Frah. Dinheiro não é tudo na vida.
- Você tá muito enganada. Você não tem ambições?!
- Frah, amizade em primeiro lugar, a Cherry é minha amiga!
- Putz, menina. Não dá pra conversar com você mesmo. Não sabe que de grão em grão a galinha enche o papo? - mostrando um papo cheio, com a mão.
- É verdade, você tem razão. Acho que eu tava bêbada.

E agora pouco...
Elisa abre a porta do quarto, sai de lá e diz:
- Frah, não aguento mais esse Pedro, meu!
- Que foi agora?
- Ele virou assim pra mim: "Ai, todo dia que eu olho no espelho e vejo essa minha mancha no rosto, eu penso 'por quê a vida real não pode ser igual a do photoshop?'". - e levanta as mãos para o céu, num gesto de desespero.


Se eu contasse aqui cada momento do dia em que me vejo tendo um ataque de risos, daqueles mais eficientes que 400 abdominais...

editando...

"Pior foi aquele dia que entrei no quarto e o Pedro:
- Ai Lisa, eu tava aqui pensnado...
- No que, Pedro? No que você é aos olhos de Deus?
- Não... é que você é tão Paris, e eu sou um Zé Qualquer.

¬¬

DAI-ME PACIÊNCIA!!! HAHAHAHAHA.
Elisa"

4 de dezembro de 2006

Já contei essa história pra muita gente, mas a chegada das férias me fez relembrá-la.

O colégio em que estudei lá em Maringá todo ano promovia um festival de teatro. Os alunos eram responsáveis por praticamente tudo, desde o roteiro até a contra-regragem. Quando eu estava no segundo ano, fui líder de turma junto mais duas amigas e ficamos responsáveis por toda a organização da nossa peça. Logo que definiram o tema, fiquei bastante animada. Não me lembro agora exatamente quais eram, mas tinha rádio e cinema, que eram os que eu torcia pra tirar no sorteio. Pois pegamos...jornal.
E foi assim que tudo começou.
Nós conseguimos uma visita à Folha de S. Paulo, pegamos nossas malas e fomos pra São Paulo passar um tarde inteira na redação.
Eu coloquei meus pés ali e resolvi: é isso que quero fazer da vida.
Pessoas andando, conversando, nada de terno e gravata, e movimento, movimento, movimento.
Cheguei em Maringá e comuniquei para meus pais que tinha decidido o que fazer no vestibular: jornalismo.

Aqui abro um parêntese. Eu fiz teatro por cerca de oito anos. Meu sonho era continuar sendo atriz, mas eu tinha medo, muito medo. Aquela velha história do talento, eu sabia que não tinha nascido com ele. Então, resolvi que ia fazer alguma coisa que me mantivesse nos meios de expressões, e isso, com certeza, também influenciou muito minha escolha.

Meu terceiro ano foi praticamente perdido. Eu não estudei. Passei o ano inteiro só fazendo festa, churrasco, viagens e saindo com os amigos. Resultado: não passei no vestibular.
Eu era boa aluna, não pegava recuperações nem nada e aquilo foi um soco na cara. Mas nem pensava na possibilidade de fazer uma faculdade particular (não cheguei nem a prestar vestibulares para tal).
Vim pra Curitiba, fiz um ano de cursinho e passei na UFPR.

Confesso: nem sabia direito o que um jornalista fazia. Não lia jornais diários, não sei nomes de jornalistas importantes, conheço muito pouco sobre a área. Mas, desde o primeiro dia de aula, eu tive certeza de que tinha tomado a decisão certa. E aquilo tudo foi me facinando e eu passava as tardes lendo textos de teoria do jornalismo e me apaixonando.

Hoje fiz minha última prova do meu primeiro ano de faculdade. E sinto que agora minha vida está, verdadeiramente, começando.

3 de dezembro de 2006

Pra melhorar, minha cabeça resolveu dar um nó e há alguns poucos dias não entendo mais coisa alguma. Tenho sonhos esquisitos, com pessoas esquisitas e penso coisas que não devo.
Só pra não perder o costume, me vejo reclamando das relações vazias e que me adicionam nada. Me vejo ansiosa, perdendo tempo interpretando gestos que antes passavam por normais pra mim, bolando teorias e sonhando com finais felizes.
O estranho é pensar que meu foco mudou, assim, tão de repente. E em como meu coração brinca comigo e me torna a pessoa mais inconstante desse mundo.
Logo eu, que tinha desistido de pensar nessas coisas. Vivo prometendo coisas que sei que não posso cumprir.

Mas, estranhamente, me vi querendo ser a Annie de alguém.
"Conhecemos muito mal os objetivos relativamente simples que nos guiam, mesmo quando se trata apenas de nossos empreendimentos particulares; acreditamos agir desinteressadamente e o fazemos de maneira egoísta; acreditamos obedecer ao ódio, e cedemos ao amor; cremos obedecer à razão e somos escravos de preconceitos irrefletidos."

Oh, Mr. Durkheim...

23 de novembro de 2006

Tá, eu sei. Não foram 2 semanas. Não chegou nem a dois dias.
Mas vamos contextualizar.

Hoje de manhã apresentei meu último trabalho da semana. Tínhamos que fazer um projeto pra uma revista. A nossa era pra desempregados, circularia só em Curitiba, de graça. Foi difícil, viu, principalmente porque tinha que ter uma prestação de contas e afins. Pulta trampo, meu.
Então que, como eu venho acordando cedo e dormindo tarde desde domingo, minhas olheiras estavam assustadoras. Resolvi que me daria um feriado prolongado, de hoje até sexta, quando tenho de tomar vergonha nessa cara, começar meu ensaio de Filosofia sobre qualquer tema (aceito sugestões), e depois estudar pra prova de Sociologia de segunda.

Na minha primeira tarde de folga, resolvi dormir. E dormi MESMO. Das 13 às 19h. Acordei totalmente perdida, achando que era já de manhã e que eu precisava levantar pra fazer almoço.

Agora teremos um momento introspectivo. Lá vai.
O bom de manter-se ocupada, pensando em bilhões de coisas ao mesmo tempo, dormindo e sonhando com aquele trabalho inacabado, com aquela ligação que deve ser feita no dia seguinte, com a reportagem especial sobre dislexia e quemcaralhosentrevistarpraisso, é que se esquece um pouco daquelas coisas chatas todas. Nem dá tempo de ficar se lembrando daqueles problemas que fodem com nosso psicológico.
Mas também a gente esquece que precisa fazer escova no cabelo, tirar a sobrancelha e manter as unhas bonitinhas. Tá, as unhas tão bonitas, vai.

21 de novembro de 2006

Chefe, tô cansada pacaralho.

Sério, quero minhas férias logo.
Minha casa, meu sofá, o calor de Maringá e a possibilidade de entrar numa piscina pra dar uma aliviada. Minha Tv à cabo e com um número maior de polegadas. Aiai.

E quero uma massagem. Valeu ae.

Meu status tá definido como Ausente nas próximas 2 semanas, ok?
Ok.

13 de novembro de 2006

Quando não se é nem bonita, nem gostosa, nem rica, nem sexy, sobram os livros, os estudos.
Aí você aprende a conversar sobre coisas legais, logo começa a aprender alguns truques pra fazer graça para os amigos e levar a fama de palhaça da turma.
Até que um dia você acorda, descobre que os anos de estudo não te serviram pra porra alguma, que você, além de tudo, não é inteligente, não tem talento pra profissão que escolheu e não é engraçada. Suas gracinhas não causam mais nem um "há, legalzinha". Seus trabalhos são medíocres, suas notas só caem e você só tem vontade de dormir. Dormir até o ano que vem, pra poder pular a parte "coisas pra se fazer neste ano que começa".

6 de novembro de 2006

Acordei terça passada com um sorriso de orelha à orelha, uma felicidade que eu não sentia há algum tempo. Aquela vontade louca de gritar pra todo mundo que finalmente as coisas estavam dando certo.
No mesmo dia teve o TIM Festival, legal pra caralho. Companhias maravilhosas, música boa, cerveja cara (!), chuva. Numa ordem decrescente de coisaslegais, ok.
Na quarta, 7 da manhã, eu tava de pé, a caminho da Floresta pra pegar o ônibus e ir pro JUCS, me divertir 5 dias com minhas amigas, dar risada, conhecer gente nova, dar mais risada, tudo isso acompanhado por latinhas de (ew) Skol. Fomos campeões :)
Cheguei ontem, 1 da manhã.
Até então eu não tinha parado muito pra pensar em como as coisas seriam daqui pra frente, no que fazer, no que resolver, viajar ou não, apostar todas minhas fichas ou não.
Então, resolveram isso por mim, de uma maneira direta, simples, clara e...triste.
Quando ouço que não devo arriscar, que é mais fácil ficar do jeito que está, mas me sinto com forças suficientes pra, ao menos, tentar, fico com uma puta de uma "q" na testa.
Eu não sei mais o que fazer, é verdade.

E eu nunca sei quando parar de tentar.

Minha professora de ballet (!!!) sempre me dizia que eu reclamava demais e que isso ainda me daria muitas rugas e eu nunca casaria. Droga. Vou ficar velha, enrugada, chata e pra titia.

25 de outubro de 2006

PALMAS PORQUE EU SAÍ DA FOSSA E RETOMEI MINHA VIDAÊÊÊÊÊÊÊ!

17 de outubro de 2006

Acordei 5 horas da manhã hoje. Peguei um avião que chacoalhou pra caralho e cheguei em Curitiba às 7h. A viagem Aeroporto-casa é mais longa do que a Maringá-Curitiba, incrível.
Cheguei em casa e resolvi que não ia pras aulas da manhã, dormi até meio dia, acordei, fiz um arroz com muito alho e peixe com molho branco com funghi, que a mãe mandou congelado. Eu ainda não sei fazer essas coisas.

Antes de ir pra aula da noite, precisava passar no shopping pra tirar dinheiro. Eu tinha tipo três putos no bolso, tava feia a coisa. E nem tava chovendo, saí sem guarda-chuva. Na hora que coloquei o pé pra fora do shopping, o mundo desabou. Voltei pra casa, peguei meu lindo guarda-chuva verde limão (cof cof), e fui para a fila do ônibus. Nisso meu humor, que já não estava bom, explodiu. Enquanto eu esperava na fila do ônibus, meu olho começou a encher de lágrima e me deu uma vontade imensa de gritar com aquelas pessoas lerdas e com o cobrador.

Entrei no Santa Cândida, 18h10. Aquele horário AGRADÁVEL. Três meninos com suas pastas positivo discutiam os professores, as aulas, a falta de estudo e o daprimeirafaseeupassomasnasegundatôfodidonãoseiredação. Daí eu acho que entrei em transe. Sério, minha cabeça voou para um outro lugar, eu não ouvia mais ninguém conversando perto de mim, não ouvia voz alguma. Comecei a pensar no nada. Isso deve ter durado um minuto.
Logo voltei à Terra e à conversa dos três meninos. E lembrei do meu ano de cursinho.
Ano passado foi legal, muito legal. Mas lembrei especificamente dos ocorridos entre junho-setembro. E de como eles não vão voltar, não vão. E eu me machuquei lá, pra que insistir nisso outra vez? Pra que pensar que dessavezpodesertudodiferente, se as circunstâncias são ainda piores?
Mas, apesar de tudo, 2005 foi um ano muito bom.

E então eu percebi como 2006 está sendo horrível. Eu não saio como antes, eu não bebo como antes, eu não me divirto como antes. As coisas legais que aconteceram podem ser contadas nos dedos:
- Passar no vestibular
- Morar com o Pedro
- Passar um feriado com a Dayane em Camboriu
- Passar as férias com o Evandro, no Rio
- Passar um final de semana com a Sabrina na praia
- As conversar com a Grazi, tomando um chá ou uma cerveja.
- O Lucas
- As meninas da minha sala

E agora eu poderia passar horas contando a novela mexicana dos últimos seis meses.

14 de outubro de 2006

Sempre que eu venho pra Maringá, fico tão nostálgica.
Fico me lembrando daqueles finais de semana de 2004 quando a gente ia pra chácara da Ju dormir de sábado pra domingo, dos churrascos lá no prédio da Dayah, dos tererês na casa da Polha.
Enfim, um monte de coisa que eu passei aqui com a minha tchurma e que foram legais pra caralho.




E agora tá cada um num canto, não são todos os feriados que as pessoas voltam pra cá e a turma tá bem pequena. Lógico, é sempre legal, mas dá uma saudade tão grande de quando éramos todos assim, uma grande família.
A família que eu escolhi.

5 de outubro de 2006

Eu gosto de complicar. Gosto mesmo, acho que é um dos meus passatempos preferidos.
Talvez seja por causa do teatro, do drama, mas eu sempre gostei das paixões que me fazem perder a cabeça, das brigas que me fazem soluçar só pra depois ter aquela coisa boa na hora de fazer as pazes e pensar "ah, como é bom estar tudo resolvido", de sentir saudade até não agüentar mais.
Eu gosto, eu acho que são essas sensações que nos deixam saber que estamos vivos mesmo.
Não consigo levar as coisas na brincadeira, nunca soube. Não sei não me envolver e sei que isso assusta muita gente e é um dos motivos de eu estar há quatro belos anos sem namorado. Não sei não demonstrar que me importo, que gosto. Não sei jogar e nem quero aprender: odeio o tal "jogo da sedução", e acho cafona pra caralho essa expressão. E isso era pra ser o complicado, você vai me dizer.
E te responde que não, não é. Isso é o mais simples, o mais fácil de se fazer.
O difícil é abrir, escancarar o coração. É perder o medo de ser você mesmo quando tá com outra pessoa, não ter vergonha de aparecer de pijama, chinelo e meia, sem maquiagem, sem disfarces.

Só que agora, hoje, enquanto eu tomava um banho bem quente depois de um dia bastante cansativo, cheguei a uma conclusão bastante óbvia: eu preciso aprender a relaxar.

Fim.

3 de outubro de 2006

Foi mal, tô de TPM.

25 de setembro de 2006

Sempre acreditei naquela máxima "cabeça vazia é a casa do diabo", então resolvi tomar algumas atitudes e parar de ficar em casa, sem fazer nada, pensando e só pensando.
Tenho um monte de coisa pra fazer, um monte de matéria, pautas, seminários e livros pra ler.
Fui a um sebo esses dias e comprei 4 livros, hoje comprei mais 3. Isso provavelmente me garanta até o fim do ano algumas leituras bem interessantes.
Comprei passagens pra Maringá e passo 6 dias lá mês que vem. Meus pais vêm pra cá antes, vou comprar uma cadeira pro computador e dar adeus a essa que só serve pra destruir minhas costas.
Estou indo pra academia o máximo de vezes possível, tentando vencer minha preguiça e conciliar com os horários de aula da faculdade.
Juro que sempre que vou, saio com um sorrisão de orelha à orelha.

E hoje eu quase morri prensada pelo portão da garagem. Tadinha da Bolha, tá sofrendo na minha mão. ;~

23 de setembro de 2006

Você é tão Paris,
Eu sou um Zé qualquer.
Insisto em desistir,
Você só quer vencer.
Se tudo correr bem,
Vamos nos odiar.

19 de setembro de 2006

Faz uns dias já que eu abro isso aqui pra escrever, mas vem nada na minha cabeça.

Uma pessoa me pediu ontem para eu contar coisas legais. Aí eu fiquei pensando, pensando...E bem, nada de muito interessante me acontece, mas isso não me surpreende mais. Acabei contando umas cenas bem engraçadas da última sexta-feira e que eu tinha feito minhas unhas, o que, como já disse aqui diversas vezes, me faz muito feliz.

Hoje voltando da sessão cinema e reportagem, tive uma conversa legal com aquela amiga que, bem, passa por problemas parecidos com o meu. E o que mais nos apavora é aquele sentimento de estar sempre empurrando as coisas com a barriga, fazendo tudo "mais ou menos", deixando pra resolver depois. Prometendo ler mais livros, ver mais filmes, conhecer novas pessoas, mas são só promessas.
Querendo encontrar um cara legal, mas não fazendo muita questão ao mesmo tempo, já que foram tantas decepções nos últimos tempos.
Tendo vontade de sair todos os fins de semana e quando chega o sábado, ah, tá tão gostoso aqui debaixo das cobertas.


E um desejo enorme de fazer tudo diferente, de mudar tudo. Mas e a força, cadê?

13 de setembro de 2006

Dia desses, acho que segunda, causei indignação na mulherada da minha tchurminha. Estávamos lá em frente ao Cacos, conversando sobre seiláoque, só sei que caiu no assunto preferido de menininhascomonós: homens.
Ou melhor, homens bonitos.

É óbvio que não ficamos pensando naqueles reais, que vemos todos os dias por aí, na faculdade, no supermercado, no trânsito, nas festas. Não, não.
Entre os comentários do tipo "Ah, o Leonardo di Caprio é bonitinho, mas só quando ele tá magro e com cara de homem, senão não rola", "O Gael Garcia é um PÃO, só é baixinho demais...Porra, sempre que eu vou falar Gael Garcia eu falo Garbiel Garcia Márquez", chegou-se a um consenso: Johnny Depp.

Oh, Lord...

Eu não conheço uma mulher que diga que esse homem não é o homem ideal (contrariando a filosofia, que afirma a não existência de tal). O cara é bonito pra caralho, usa umas roupas legalzonas, tem um cabelo bagunçado lindo e, porra...é sexy demais.
O filme dele que eu mais gosto é sem dúvida o Edward, Mãos de Tesoura. Acho tão bonito e já vi umas 800 vezes.
Enfim, bonito é pouco, né?

Aí eu tava lá, quietinha, concordando com tudo. Só que caí na bobagem de assumir:
- Ah, gente. Desculpa, mas ele tá em segundo lugar pra mim. Eu trocaria ele pelo Billy Corgan.

RUF RUF

Aí elas brigaram comigo, me apedrejaram e ficaram putas da cara.
Ok, ok. Eu nem ligo.
Ainda bem que não contei que tenho uma paixão reprimida pelo Roberto Jefferson, é, aquele do mensalão...

12 de setembro de 2006

Então, pessú. Dia 31 de outubro tem Tim Festival aqui e tal.
Comeraçam a vender os ingressos hoje parece, 40 pila. Mas informações super secretas (cof cof) confirmam que cliente tim tem mais 20% de desconto e paga só belos R$32,00 para ver yeah yeah yeahs e Patti Smith.
Coisa linda, viu.

Hoje tive um dia do capeta, sabe? Saí de casa 8 da manhã e fui pra labuta, voltei só 10 da noite, com uma puta dor nas costas, morrendo de fome, cansada e querendo minha cama mais que tudo. Mas ainda tinha que fazer apresentação no Powerpoint e textículo que será adicionado à resenha do seminário.
Ê tia Rosa, campeã dos trabalhos chatos.

6 de setembro de 2006

Hoje eu pensei em voltar de vez pra Maringá.
Largar tudo aqui e ir correndo pro colo da mãe e do pai, pro abraço das irmãs.

Achei que o problema era Agosto, tentei mesmo me convencer disso. Mas parece que Setembro será ainda mais punk.

3 de setembro de 2006

Da última vez que minha família veio passar uns dias aqui em Curitiba, minha irmã caçula, estudante de Educação Física, me ensinou umas coisinhas bem legais que ela aprendeu nas aulas.
A que eu mais gostei era assim:
Você pega uma bolinha de tênis e pisa em cima dela, joga todo o seu peso. Aí vai massageando todo o pé assim. Faz isso nos dois.
Uma dor quase que insuportável vai subir por todo seu corpo. E a dor vai ser maior quando você fizer num pé do que no outro.
A explicação pra essa diferença era mais legal: se doesse mais o esquerdo, problemas de natureza sentimental. Direito, profissional.
O da minha mãe doeu o direito. O meu eu preciso dizer qual foi?
Esquerdo, claro.
Então mamãe, como boa psicóloga que é, já quis conversar comigo. Eu não quis, tentei mudar de assunto, mas não deu certo, ela sabe ser muito persuasiva.
Acabei dizendo que as coisas não andavam muito bem, mesmo. Que eu tinha me envolvido numa fria e não conseguia ver uma saída pra isso mais. Ela me fez perguntas, quando, como, onde, quem, por quê.
E isso eu não sabia dizer. Perguntou também se eu já tinha falado sobre isso com a pessoa e eu disse que não e nem pretendia fazê-lo. Sabe, eu sou cagona.

A preocupação da minha mãe é muito simples. Na minha família existe um histórico bastante forte de depressão e sim, ela me explicou que isso pode ser hereditário. Não é que eu vá cortar os meus pulsos, credo, longe de mim. Mas é aquela melancolia, aquela vontade de não fazer nada, de só dormir. É a intensidade como sentimos as coisas, o jeito como lidamos com alguns problemas (ou o não saber lidar), a tristeza que vem do nada e sem grandes motivos aparentes.
Eu nunca gostei de gente depressiva. Sempre achei um porre isso tudo. Minha vó me irrita pra caralho porque sempre que eu ligo pra ela tem alguma coisa na voz que me assusta, toda uma carga emocional que vem junto e que me dá vontade de chorar, dar um chacoalhão na velha e falar "sai dessa, caralho".
Também nunca gostei de gente que se entitula depressiva.
Mas, às vezes, juro que me dá um frio na barriga de pensar que algum dia eu possa precisar de boletas para sair de situações como essa. Não quero isso pra mim.

Agora, sabe. Tudo isso aconteceu há uns 3 meses. Naquele mesmo dia eu toquei o foda-se e falei o que tava na minha cabeça. Foi bom, se foi.
Mas agora já aprendi a conviver com o fim da euforia toda. Cansei também de pensar nisso, de falar disso, de sentir tudo isso. Cansei, já era. Fim de papo.

Hoje acordei 10 da manhã e o dia tava tão lindo. Deu vontade de pegar o carro e ir na Feirinha do Largo comer pastel, comprar bugigangas e sentar na graminha tomando um café com meus amigos. Mas bem, quem é que acorda a uma hora dessas num domingo depois de um belo porre de cerveja?
Desisti. Comi Mc Donalds, dei uma geral na casa, arrumei meu quarto e até estendi o edredon na cama. Fiz um chá mate quentinho e pronto, já são quase oito da noite, hora do fantástico, programa essencial para você, aluno da querida professora Rosa.
Numa boa?
Um pau bem grande na sua bunda.
Cansei.
A gente realmente precisa levar na cara, sentir "a dor sangrar" de uma vez pra perceber como é tudo uma grande palhaçada.
Saco cheio de ser boa moça e só tomar no cu.

31 de agosto de 2006

Olha, eu não gosto mais de colocar letras inteiras de músicas aqui.
Mas ando muito Fiona Apple essa semana, e essa letra aqui diz tanta, mas tanta coisa.

Love ridden I've looked at you
With the focus I gave to my birthday candles
I've wished on the lidded blue flames
Under your brow
And baby I wished for you

Nobody sees when you are lying in your bed
And I wanna crawl in with you
But I cry instead
I want your warm
But it will only make me colder when it's over
So I can't tonight, baby

No, not "baby" anymore, if I need you
I'll just use your simple name
Only kisses on the cheek from now on
And in a little while, we'll only have to wave

My hand won't hold you down no more
The path is clear to follow through
I stood too long in the way of the door
And now I'm giving up on you...

27 de agosto de 2006

Ontem teve show do Cachorro Grande aqui em Curitiba, né.
Certo, resolvi que ia na quarta feira, acho. Ingressos na mão, eu toda feliz que ia vê-los, finalmente, após perder uns 3 shows.
Cheguei lá no Callas, dei meu carro na mão dum manobrista, paguei DEZ PILA no estacionamento e entrei numa fila enorme. Entrei, paguei QUATRO PILA num maço de cigarro e fui tomar uma cerveja.
Primeiro teve Pelebrói não sei, ok, legal. Cachorro só começou lá pelas 2 da manhã, enrolaram pra cacete.
O show foi um apestáculo (hé hé hé), o Beto Bruno tem uma goela abençoada. Deve fazer gargareijo todos os dias, porque vá gritar assim lá na casa do chapéu.
Aí lá pelas tantas do show, ele sumiu. É, sumiu. Ficaram só os outros integrantes da banda fazendo solados que duravam 20 minutos. Foi saindo um por um até ficar só o bateirista, que fez mais uma performance de 15 minutos aproximadamente.
Depois de seiláquantotempo, todos voltam para o palco. Beto Bruno é o último a entrar e estava com um dos botões da calça aberto.

Palpite do Lucas assim que começou a putaria: o vocalista foi cagar, só tinha um banheiro, o resto da banda também ficou com vontade e foi indo um por um.
Eu acho bem possível.
Prefiro não pensar que ele foi dar uma rapidinha com alguma tiete desesperada que invadiu o camarim.

25 de agosto de 2006

É só um olhar, meia dúzia de palavras trocadas, uns sorrisinhos e eu já volto para casa com aquele frio bom na barriga.
Bom só até a hora que resolvo ir dormir e não consigo, de novo. E aquele turbilhão de coisas que já martelaram tanto na minha cabeça resolve voltar. "Manda à merda, Flávia, puta que o pariu!", "Eu não posso desculpar, com que cara eu fico? Cadê meu orgulho? Cadê minha auto estima?", "Eu mereço coisa melhor, caralho", "E se eu tivesse mais uma chance, como é que eu faria pra confiar?". Todo dia ao menos um desses aí vem me visitar.
E eu fico toda bichinha, relembrando os momentos bonitos que eu, pelo menos, registrei.
Aí abro um livro e dou de cara com:

"O sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcança"

23 de agosto de 2006

Eu tenho umas crises de insônia muito das fodidas.
Noite passada eu fui deitar pra lá das 5, acordei 7 e pouco para receber a diarista, tomei um copo de café e passei o resto do dia acordada.
Agora, 00h26, eu não tenho nadica de sono. Minhas pernas ficam trêmulas, meu corpo tá cansado. Mas meu olho não fecha. Eu não consigo parar de digitar, de pensar, não consigo relaxar.
Fumo um cigarro atrás do outro.
Caralho, eu não tenho muito juízo. Acordei ontem com uma baita dor de cabeça, nariz trancado, dor no corpo todo. E mesmo assim fico fumando igual uma chaminé.

Logo de manhã, sem ter o que fazer, entre o copo de café e a aula que só começava às 10h30, abri o Word e resolvi que começaria a escrever um diário. Só pra mim. E esse é meu mais novo passatempo. Ficar escrevendo besteiras que ninguém vai ler sobre nada de nada.

Enfim, vou lá ler as putas tristes do Márquez e tentar dormir por pelo menos umas 5 horas.

22 de agosto de 2006

Bem no Fundo
(Paulo Leminski)

No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto

a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo

extinto por lei todo o remorso,
maldito seja que olhas pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais

mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.



(o tipo de coisa que você encontra na internet e que parece ter sido escrito pra você, pois "por" você seria muita pretensão, né?)

20 de agosto de 2006

Como é bom perceber que eu ainda me lembro o que é diversão.
Umas porradinhas, um monte de cerveja, xiboquinha. Enfim, coisas que fazem as pessoas ficarem felizes e esquecerem por umas horas todas as merdas do mundo.


E esquecer aqueles princípios chatos pode ser muito legal. ;)

16 de agosto de 2006

Tem dia que parece piada.
É você acordar, ligar a TV e ver uma previsão do tempo daquele lugar lá.
Ir à padaria, não ter o cigarro que você fuma (o light) e ter de comprar o vermelho. Passar o resto da noite olhando praquela box e lembrando.
É o winamp cair em meia hora, três vezes na música que faz com que você sinta até o cheiro dele.
Tomar um chá gelado com limão. Sozinha.
Limpar a latinha dos cigarros e lembrar das reclamações feitas.

Ele, ele, ele, ele.

Mas que BELA merda.

15 de agosto de 2006

São duas da manhã e eu lavei panos de prato. Agora, lavo panos de chão.
Não, isso não é nenhuma metáfora que ninguém vai entender.

Minha vida é muito cheia de emoções. Incrível.

11 de agosto de 2006

Das coisas e pessoas que aprendi a gostar.

Sabe, eu sempre gostei muito de fotos. Tenho aquele fotolog lá há pouco mais de 3 anos e foram poucos os intervalos que dei.
Eu gosto porque toda vez que eu vejo uma foto, eu fico lembrando de como foi aquele dia, nas coisas engraçadas que aconteceram, essas coisas. Tem dia que eu não tenho o que fazer na internet e pego todo meu arquivo do fotolog pra olhar. E olha que não é pouca coisa, porque eu cheguei a ter gold cam por uns 3 meses e postava uma média de 3/4 fotos todos os dias.
E é bem legal.

Eu nunca fui lá muito menina da natureza. Nunca gostei de sentar em grama porque dá coceira, não gosto de insetos...Enfim, nunca fui desse tipo.
Mas aí eu conheci uma galera aí que é bem bacana. Que não consegue almoçar e não ir depois dar uma deitadinha no gramado enquanto a digestão é feita.
E eis que eu não resisiti e acabei aderindo ao movimento.
Olha, é bem legal. Você deita lá, fuma uns cigarros, conversa e se der sorte consegue dar uma cochiladinha.


Flávia, Naiady, Iasa, Julia, Manu, Thaíse.


Ahan. Eu gosto.
Agora dá licença que eu estou indo passar um fim de semana na praia.


9 de agosto de 2006

Tinha tudo pra vida estar muito boa, obrigada.
Não tem mais cursinho e biologia pra estudar. Não tem mais que acordar 6h da manhã todos os dias.
Tem internet, telefone fixo, televisão com mais de 15 polegadas, dvd e um computador cheio de musicas legais.
Tirou carteira de motorista, ganhou um carro (do papai. é.) antes mesmo de conseguir passar no teste.
Tem cartão de crédito com um limite razoável.
Faz as unhas num salão legal.
Comprou shampoos que cuidam do cabelo decentemente. E máscaras para o cabelo. E sabonetes especiais para a pele do rosto.
Está se alimentando melhor, também.
Toma remédios para a ansiedade e para a flora intestinal.
Mora com uma pessoa muito legal, fez amizades novas, conheceu gente pra caralho.
Aprende uma piada nova todo dia. Dá risada boa parte do tempo.

Porém, nunca satisfeita, só faz reclamar.
E encher o saco de todo mundo com isso.

6 de agosto de 2006

Um fim de semana do jeito que eu tava precisando. E ele começou já na quinta feira.
Muita cerveja e amigos. Uns que eu não via há séculos.
Foi ótimo.
Exatamente o que eu precisava.

E definitivamente, agosto é o mês do cachorro louco.

Agora dá licença. Eu tô com uma ressaca prolongada, daquelas que dão quando você emenda um dia no outro, sem muito descanso para o corpo e muito menos para o cérebro.

1 de agosto de 2006

Cheguei ao estágio em que eu simplesmente empurro as coisas com a barriga. Não, eu não fico totalmente feliz com isso, mas é o melhor que eu posso fazer. É o último estágio antes da volta à velha forma.
Quando algo não sai do jeito que eu gostaria, do jeito que eu acredito que daria certo, eu faço isso.
Finjo por uns dias que eu não me importo, até que um dia isso vira verdade. Um dia. Pode demorar um pouco.

Eu queria ser do tipo que vai para festas e dá uns beijos em um estranho, que faz sexo casual com conhecidos, que não se envolve, que tem pretendentes ali, esperando a oportunidade. Mas não sou. Ontem conversando com um ex namorado meu, de quando eu tinha meus 15 anos, ele disse que eu me tornei uma pessoa mais interessante com o passar do tempo. Eu fiquei feliz, sabe? É legal ouvir essas coisas de uma pessoa que te conhece bem, que conviveu com você por um tempo considerável e suportou coisas que, se fossem comigo, não suportaria.
Mas acontece que eu não me sinto interessante o suficiente para que alguém se interesse por mim, sabe? Por isso que não existe a chance de me tornar uma dessas pessoas que descrevi. Se eu fosse homem, não ficaria comigo mesma.
Eu sou chata, neurótica, ciumenta, impulsiva. Tenho um coração mole e burro, guardo rancor, choro escondida e chega uma hora que eu explodo e acabo falando um monte de merda. Falo alto, minha risada é irritante. Não tomo vodka e sou uma bêbada chata chata chata. Danço esquisito, pareço uma louca quando ouço alguma música que gosto. Durmo demais, não atendo celular quando não tô afim, deixo meu quarto bagunçado pra caralho e odeio varrer a casa.
Não sou daquelas garotas que você vira o pescoço para olhar melhor, que você encara num bar ou chega numa festa. Não sou.
Talvez o "mais interessante" seja porque bem, eu amadureci. Cresci e agora já sou uma...mulher. Com um milhão de defeitos que me incomodam e com os quais eu não agüento mais ter de conviver.

Lendo um livro, me deparei com uma passagem bem interessante. O personagem é um completo imbecil, deprimido, idiota e que se acha durão. Vai ficar meio grande, mas foda-se.

"E minhas questões pessoais continuavam tão más e lamentáveis quanto no dia em que nasci. A única diferença era que agora eu podia beber de vez em quando, embora nunca o suficiente. A bebida era a única coisa que impedia um homem de se sentir para sempre atordoado e inútil. Todo o resto ia furando e furando sua carne, arrancando seus pedaços. E nada tinha o menor interesse, nada. As pessoas eram limitadas e cuidadosas, todas iguais. E eu teria que viver com esses fodidos pelo resto da minha vida, pensei. Deus, todos eles tinham cus e órgãos sexuais e bocas e sovacos. Cagavam e tagarelavam, e todos eram tão inertes quanto esterco de cavalo. As garotas pareciam legais a certa distância, o sol resplandecendo em seus vestidos, em seus cabelos. Mas vá se aproximar e ouvir seus pensamentos escorrendo boca afora, você vai sentir vontade de cavar um buraco ao sopé de uma colina e se entricheirar com uma metralhadora. Eu certamente nunca conseguiria ser feliz, me casar, nunca teria filhos. Inferno, eu nem mesmo conseguia um emprego como lavador de prato."

O meu medo é que só pessoas como Mr. Chinaski queiram algo mais do que garotas com vestidos respladecendo ao sol e cabelos bonitos.

30 de julho de 2006

Como eu posso ir pra casa com nada para dizer?
Eu sei que você vai me olhar daquele jeito e dizer:
- O que você fez lá fora? O que você decidiu? Você disse que precisava de tempo. Você teve tempo.

Você é uma lojinha chinesa e eu sou um touro.
Você é uma ótima comida e eu estou satisfeita.
Eu acho que tudo já foi dito,
Então eu estou indo para casa de mãos vazias.

- Eles te amaram ou não?
- Eles amaram o que eu faço. O único que me ama mesmo é você.
- Garota, você é do caralho.
- Eu não sei, não me lembro direito. Mas meus dedos estão inchados e estou rouca.
- É ótimo te ver. Eu senti muito sua falta. Agora me deixe carregar isso.
(Você leva as coisas pesadas e dirige o carro. Eu olho pela janela e faço piadas sobre como as coisas são)

26 de julho de 2006

Então, eu fui para o Rio assistir a montagem dos meus amigos que fazem teatro lá. A peça era linda, não lembro se já comentei aqui. O texto era uma coisa de louco. Baseado na vida de August Strindberg.
De todos as cenas da peça, uma em especial me fez arrepiar nas três vezes em que assisti. Ela era assim:

(Strindberd sentado numa esquina, brincando com uns galhos no chão. Frida se aproxima.)
- O que você está fazendo parado aí na esquina?
- Preciso ficar parado em algum lugar enquanto espero.
- E o que você está esperando?
- Felicidade. (Nessa hora o Evandro dava uma pausa) Ou só o fim da dor.

Não sei muito bem o por quê de tudo isso, mas talvez seja que tem hora que eu me sinto tão...Strindberd sentado na esquina. E achando que ficar ali (no caso, aqui), sem fazer nada, adianta de alguma coisa. Ficar parada, esperando que caia do céu uma solução para uns problemas que são tão meus, aqueles que eu não consigo falar pra ninguém e que aos poucos vão me entristecendo.

Ah, desculpa. Me perdi no meio do raciocínio.

23 de julho de 2006

Eu já sabia que viajar e passar um tempo fora da minha realidade, vivendo uma vida que não é minha, me faria bem. E foi melhor do que eu pensava. Eu pude ver de perto como as coisas andam por lá, pude ligar por uma semana que seja o foda-se e ser bastante feliz. Conheci pessoas legais, fui a lugares legais, bebi cerveja, gastei muito dinheiro em porcaria, tive conversas que valeram pelos meses de saudade que eu tive de suportar.

E era maravilhoso depois de tudo isso, pra lá das 6 da manhã, deitar, olhar para o lado e ver a pessoa que sempre vai me entender mais que todo mundo, sempre vai me passar segurança e fazer com que eu me sinta melhor. Aquela velha história do porto seguro. Eu tenho o meu e ele, além de tudo, é lindo e não ronca.

É ótimo finalmente, apesar dos sonhos perturbadores das últimas 2 semanas, poder respirar com um pouco mais de alívio, sentir que a chance foi dada, basta agora saber aproveitar ou então deixá-la passar de uma vez...assim, sem sofrimento. Ou quase sem.

14 de julho de 2006

Hoje, depois de uns 3 anos, eu comprei um sapato de salto. É, salto. Não essas botas de plataforma, não. Comprei um scarpin pretinho básico de salto agulha.

Foda-se o conforto, o importante é tá no estilo.
HAHAHAHAHAHAHAHA

13 de julho de 2006

Talvez seja a nostalgia de fim de primeiro semestre na faculdade que tenha tomado conta de (aparentemente) bastante gente da minha sala, ou talvez seja a saudade que já tá dando da minha rotina acordar-biarticulado-floresta-estudar-dormir.
A questão é que analisando os últimos 4 meses, eu acho que me tornei uma pessoa melhor.
Aprendi muita coisa, fiz valer a pena os minutos dentro daquela universidade. Por mais que minhas notas não sejam as que eu gostaria e eu tenha me decepcionado com várias delas, eu fico feliz porque todo dia eu voltava pra casa com a sensação de dever cumprido.

Fiz amizades lá que eu não imaginava que tomariam proporções tão grandes em tão pouco tempo. Gente que já sabe da minha vida inteira, que me entende só com um olhar, me dá ombro quando eu preciso, upas quando eu estou triste, pedaços de torta para me animar. Vão na minha casa fazer nada, ficar conversando. Me ajudam a escolher a roupa e o perfume, me dão conselhos valiosos e sempre estão dispostos quando o assunto é festa.
Passei boa parte dos últimos meses alternando entre essas duas coisas: festas e estudos.
E olha que ali naquela faculdade, a primeira vista é todo mundo tão...igual. Depois você vai conhecendo melhor e vê que cada um tem seu valor e te completa de uma maneira.
Tem aquela amiga que completa o meu lado manteiga derretida com suas grosserias necessárias e as sacudidas para que eu acorde pra vida.
Tem a que completa falando aquilo que eu penso, mas prefiro não falar.
Tem também a que me acompanha nos biarticulados cantando músicas dos filmes da Disney e te ensinando a ser mais meiga.
Tem a que vai estar sempre lá em casa, tomando um vinho, falando besteiras e comendo pizza.
Tem aquela que me ensina sobre filmes, diretores de cinema, fotografia, me ajuda nos trabalhos, tá sempre disposta a dar risada sobre assuntos não tão engraçados mas que se tornam quando contados por ela.
Tem a que me faz rir por estar sempre rindo. Sempre, nas horas mais impróprias. Até da cara do reitor ela ri. E vive inflando meu ego com elogios bonitinhos.
Também tem a que me escuta sempre que eu precisar, fala mal dos professores comigo, me ensina a ter glamour e me faz ver que, de fato, homens são todos iguais.
Tem uma que à primeira vista, eu pensei que era uma fresquinha, mas não precisou nem de 5 minutos para ela me fazer mudar o que eu achava. A menina mais bem vestida e na minha opinião, a mais bonita de todas as calouras. Sempre disposta a me ajudar, emprestar cadernos para eu estudar e muito, muito cabeça no lugar. E tive a oportunidade de conhecer a família toda dela, e são todos muito legais, muito mesmo.
Tem a que pra tudo, cita uma comunidade do Orkut. Sabe de todas as fofocas da faculdade e agora deu de fazer intercâmbio cultural com outros países latino-americanos.
E tem a pentelha, que passa o dia te enchendo o saco sobre minhas roupas, minhas bolsas, homens e meu cigarro.
E tem ainda aquela que tem um sexto sentido incrível, que parece ser uma menininha, tem a voz mais meiga do mundo mas quando abre a boca você percebe a mulher de cabeça feita que ela é.
E tem mais meninas, meninas que eu ainda não posso chamar de amigas porque, bem, foi muito pouco tempo e a gente acabou não conversando o suficiente. Mas que eu espero nunca ter faltado com o respeito ou simpatia com elas.

Quanto aos meninos...bem, são poucos. Dois em especial se tornaram meus amigos. Amigos mesmo, BRÓDER, tá ligado?
Porra, o Lucas vai na minha casa, me leva chocooky, peida na minha frente, me apresenta bandas bacanonas e dificilmente eu sou vista na Floresta longe dele. E com ele foi assim, "amizade a primeira vista", desde o dia que eu vi o cara em São Paulo prestando Fuvest eu já simpatizei e o resto...fluiu.
O Chico, por mais que ele odeie que eu falo isso, ele é como se fosse uma amigona pra mim. Mas tudo bem, diversas vezes ele já esqueceu que eu era uma menina e me tratou como um amigão. É o cara que me dá um ombro quando eu preciso. Normalmente acompanhado de um cigarro. Ele bebe cerveja, fala não sei quantas línguas, tem uma bagagem cultural invejável, inteligente pra caralho, sempre com uma piadinha e uma opinião sobre qualquer assunto.
Aliás, os dois. Os dois sempre têm uma piadinha cretina.

Agora...O Pedro. O Pedro já era uma peça essencial na minha vida, já conheço ele há tempo o suficiente para isso. A gente sempre conversou muito. O Pedro é uma das pessoas mais maduras que eu conheço e junto com isso vem um senso de humor único.
Quando resolvemos que íamos morar juntos, eu juro que bateu um medo de que a convivência fosse estragar tudo, que um não ia mais suportar olhar pra cara do outro em menos de dois meses. Ainda bem, me enganei. Todo dia parece uma festa lá em casa. As conversas continuam, as risadas, as afinidades. Tudo vai muito bem, obrigada. E o amigo que já era mais do que especial, hoje...bem, eu não sei pensar em nenhuma classificação acima de "mais do que especial", mas se ela existir, essa é dele.

E eu me tornei uma pessoa melhor graças a cada uma dessas pessoas. Eu me valorizo mais hoje, me sinto até mais bonitinha, mais engraçada e mais divertida. Me sinto querida e tô sempre com um sorriso na cara, até nas chatíssimas aulas de História Social dos Meios Impressos.

E esses meus 4 meses valeram a pena. Fiz amigos maravilhosos, chorei, ri muito, conheci um cara legal, comecei um regime sério, aprimorei meus conhecimentos culinários, comi pouco doce, tive TPMs leves e mantive minhas unhas sempre feitas. Sabe, coisas que me deixam feliz.

12 de julho de 2006

Que bonito, que alegria, que be-le-za!
Obrigada Elisamir, agora vou abusar de você toda vez que quiser um template novo.

Me sinto então, obrigada a postar alguma coisa aqui pra inaugurar isso.
Apesar de nos últimos dias nada de muito emocionante ter acontecido, eu até estou feliz. Uma felicidade esquisita, intercalada com uns ataques de histeria quando me vejo jogada num sofá sem fazer absolutamente nada.

Tenho mais sono que o normal. Culpa de uns remédios que eu tô tomando pra controlar minha ansiedade e regular meu intestino (?). Em qualquer lugar que eu encoste por mais de 10 minutos, durmo. O clima de Maringá ajuda bastante. Um calor insuportável em pleno julho. Vai entender. Aí eu ligo o meu ventilador e durmo igual um bebezinho. Tenho sonhos desagradáveis, acordo sufocando, não ouço meu celular despertar às 10h e sempre, sem-pre, levanto só para o almoço.

Estou evitando sair durante a semana, é verdade. Não é só culpa de Maringá, afinal sempre tem um boteco com uma música agradável e cerveja bem gelada pra ir aqui. A questão é que eu não quero beber durante a semana.

Tô virando uma chata, eu sei.

(Mudei o sistema de comentários, e perdi os antigos, coisa e tal. Comentem aí pra eu ficar feliz e me empenhar a continuar atualizando isso aqui com certa freqüência ao invés de só me dedicar ao livejournal.)

10 de julho de 2006

As minhas férias são as mais produtivas, sabe.
Tudo bem que vir pra Maringá não ajuda muito, já que não existe vida noturna durante a semana aqui, então só me resta começar a assistir a nova novela do Manoel Carlos, viciar e ter que ver essa porcaria até o fim, igual foi com Belíssima.
Separei uns livros que pretendo ler até o final do ano. Se não conseguir, será uma vergonha. São livros, 4 deles do Hornby, que é rapidinho de ler (até pra mim, que sou A_lesma). O outro é do famigerado Bukowski, que eu nunca li, mas depois que entrei pra faculdade ouvi tanto falar dele (cof cof) que preciso ver qualéquié a do cara. A mesma coisa aconteceu com a minha irmã, que é a dona do livro. Ela comprou, leu e não achou grandes coisas. Só disse que é putaria. Hé hé.
Comecei "Como ser legal" ontem, já li pouco mais de 50 páginas.

Assisti também "Ray" ontem. E hoje vi um filme que chamava "Apartamento 12" no Telecine Emotion. Depois passou "Patricinhas de Beverly Hills" e eu também vi. Aí que me surgiu a grande dúvida do dia: quando eu era criança, vi esse filme umas 385 vezes. Mas eu realmente não me lembro de cenas como aquela da festa em que a loirinha fuma um com o skatista. E nem de quando a Brittany Murphy (?) aparece e fala que adoraria umas ervas relaxantes, e respondem pra ela que lá eles não tem chá, mas "we can have some coke" e ela fica toda animadinha "YOU HAVE COKE HERE?".

Alguém sabe me dizer? Alguma menina, aliás, sonhou em ter o guarda roupa giratório igual o do filme? Eu sonhei. E lembro que mandei fazer sainhas xadrezas iguais a da protagonista. Hahaha, eu hein.

6 de julho de 2006

Apesar de uns amigos meus aí rirem da minha cara quando eu falei que gosto de Cazuza (indiezinhos filhos da puta!), tem hora que várias das letras dele se encaixam perfeitamente na minha vida. Cazuza eu aprendi a gostar com mamãe, que dança com o dedinho assim, sabe, quando toca a música dele em algum lugar.

"Até nas coisas mais banais, pra mim é tudo ou nunca mais."

E-xa-ge-ra-da.

4 de julho de 2006

Olha, eu sou muito tiete do meu amigo Lucas. Isso todo mundo já tá careca de saber. O cara manda muito bem em tudo que faz (hé hé)."Eu tenho uma camiseta escrita The Raveonettes.
Foi a Flávia que me deu, ela é uma mobilete."

Me sinto, portanto, na obrigação de "apresentar" pra vocês a sua nova banda, que já não é mais tão nova assim.
A Móbiles surgiu há uns 2 meses, fazendo o que eles chamam de TERRORISMO POP. A primeira apresentação foi no Bar Pandora e em junho. Semana passada eles tocaram no Porão e foi melhor ainda, na minha singela opinião.
A banda foi muito bem sucedida na divulgação através do Orkut. Em pouco tempo eles já tinham mais de 3000 downloads no Trama Virtual. Já apareceram no programa Enfoque e saíram em dois jornais daqui de Curitiba, que agora não me lembro quais são.
Dia 19, tocarão no Wonka Bar. Quem estiver em Curitiba, faça-me o favor de ir assistir.

O post todo foi uma desculpa boa para eu colocar a letra de umas das músicas, para mim a mais bonitae a que anda me fazendo mais sentido, no momento. A letra é do Gian, vocalista.

AQUI vocês encontram as músicas para baixar e os links para os projetos solos de cada integrante.

Narciso

Enquanto eu tiver a mim e aos meus vícios, acho que está tudo bem.
Enquanto não houver motivo, Deus deixa estar por aqui.
Apreciando um pouco mais as imagens que se formam nos cacos de vidro pelo chão.

Enquanto eu tiver a mim e um pouco deste vinho,
não importará o destino dos seus pés.
Eu cansei de seguir as mesmas pegadas,
se elas nunca me levam pra onde eu quero ir.
E quer saber?
Sempre enxerguei coisas de mais dentro de você
Coisas que já não importam mais.


Enquanto eu tiver a mim e aos meus vícios...
Eu não preciso de ninguém...
Eu não preciso de você.



2 de julho de 2006

Sabe?

Então. Ontem.
O Brasil perdeu, saiu da copa, agora só 2010. Eu perdi, saí de cena, mas não tenho uma próxima data.
Saí, não me diverti o tanto que precisava para melhorar, não tomei cerveja suficiente para gerar aquela euforia que acaba em vazio no final da noite.
Na verdade, tá tudo podre, tudo errado. Gente vazia, relações vazias. Isso chega a me dar nojo.
Esse é um jogo que eu não vou e nem quero aprender.

1 de julho de 2006

Então estou de férias. É. Fééérias.
Fico mais essa semana em Curitiba, como já disse. Pagar umas contas e aproveitar mais um pouco a vida de morarsozinha.

Tem hora que eu queria ser menos mulherzinha, viu. Bem menos.

29 de junho de 2006

Parem, borboletas, parem!

28 de junho de 2006

Pegar final por MEIO PONTO é de foder.

25 de junho de 2006

Essa semana que passou foi do cão, puta que pariu. Tive uns 7 trabalhos pra fazer e nenhum era lá tão simples. Enfim, me fodi. Agora é esperar os resultados e torcer pra não ter pegado nenhuma final.
Fico mais 1 semana e alguns dias aqui em Curitiba. Depois vou ser feliz de verdade em Maringá e mais feliz ainda no Rio de Janeiro ao lado das pessoas que mais me fazem sentir saudade.

Apesar de tudo, alguns poucos momentos bons. Nada que tenha mudado minha vidinha da água pro vinho, mas eu não me permito a isso também, é verdade.

23 de junho de 2006

Semaninha do capeta, hein?

18 de junho de 2006

São poucas as bandas que me fazem parar pra ouvir, prestar atenção, querer ter o CD com o encarte bonitinho. Normalmente eu baixo as músicas e elas ficam aqui no computador só, mesmo. Até porque eu só escuto música aqui ou quando resolvo comprar pilha pro meu discman. (Aliás, vocês viram quanto tá custando um negócio com 4 pilhas na americanas? 9,99. é um absurdo.)

Mas voltando a o que eu vim aqui pra contar. Desde quando a Luana Piovani tinha aquele programa na MTV e morava em NY, aquela música que tocava na abertura me chamava a atenção.
Aí no ano retrasado, eu tirei uma foto com o Evandro que até hoje é a minha preferida, e lembrei daquela música. Nem sabia quem cantava, mas o Google é meu pastor. Digitei a parte da letra que eu lembrava e achei lá: Mundo Livre S/A - Meu esquema.
Pra conseguir baixar em mp3 foi um estupro. Dias e dias tentando.
Mas tá, ficou por isso. Uma musiquinha e pronto.

Aí este ano ganhei um computador só pra mim e pude rechear de músicas de que gosto sem minhas irmãs reclamarem. E lembrei do tal Mundo Livre.
Baixei freneticamente uma porrada de músicas. E de uns tempos pra cá eu viciei totalmente.
É lindo, calminho, daquelas músicas que te fazem parar de prestar atenção em tudo só pra ouvi-las concentrada.
E acho que quem me conhece bem, sabe que eu tenho pa-vor de música que me dê dor de cabeça.

Aí eu só quis escrever isso porque sábado tem show deles de graça. Só espero que não seja aquela putaria igual foi Mombojó, que fizeram um show de 40 minutos.

E para os interessados, eu recomendo as seguintes músicas:
Caindo em si
Caiu a Ficha
O triste fim de Manuelita
Pastilhas Coloridas
Inocência
E a já citada, Meu esquema.

14 de junho de 2006

E tem info nova.
É só clicar naquele "aqui" que tá ali do lado.
Boa sorte pra vocês.

13 de junho de 2006

E eu juro que queria conseguir falar, ser direta, não ficar só falando besteirinhas e esperando ser entendida. Também queria realmente me convencer que é melhor assim, cada um no seu canto e os dois reclamando.
Queria também tocar o foda-se, dar tiros no escuro, pisar em falso.

Todo mundo já sabe. Menos quem precisa saber. Culpa minha, eu sei. Tudo culpa minha.
Sou uma bunda mole, mesmo. Não tenho pulso firme e um sorrisinho, uma frase dúbia que seja, me deixam inteira derretida.
É, eu não soube perceber aquele momento de que já falei. Ele passou despercebido e quando eu vi, já tava assim, ouvindo Adriana Calcanhotto e querendo furar o dedo e fazer um pacto contigo.

12 de junho de 2006

Meu 4º dia dos namorados encalhada. Bacana, né?
Pra caralho.

Mas agora vamos jogar o jogo do contente. Ao menos eu não tenho que pensar num presente legal e nem gastar dinheiro com alguém além de mim mesma.

4 de junho de 2006

Maldita hora. Maldito instante em que eu olhei. Maldita visão.

Sempre existe aquele momento em que a gente pode escolher entre o se apaixonar e o levar na brincadeira. Sempre existe.
O problema é deixar ele passar despercebido. Depois, meu amigo, você se fodeu.

Eu fico bastante impressionada com a dimensão que as coisas tomam quando eu estou de TPM. Depois eu penso em tudo que passou pela minha cabeça naqueles dias, vejo o drama que eu fiz, como eu fui idiota e como eu fiquei vulnerável. Como eu abri a boca quando não podia, como eu vi coisa onde não existia. Enfim, um monte de cagada que eu consigo fazer durante esta uma semana em que eu passo pela maldita TPM.

Quando eu ainda me envolvia com pessoas e tinha uma vida amorosa razoável, todas as brigas aconteciam nesta semana. Sem exceções. Eu fico muito pateta, ciumenta, chata e chorona. Naquela época eu tinha alguém com quem fazer as pazes e dormir abraçadinho.
Hoje eu agarro o meu segundo travisseiro, mesmo.

Aí quando termina a TPM, vêm as cólicas e o mau humor causado por elas. Tem hora que eu realmente queria ter nascido com um pipi.

Enfim, hoje eu me senti bem idiota quando me vi comprando um pacote de absorventes e uma barra de 200g de Hershey's branco com cookies.


Isto poderia ser chamado de crise existencial de 5 dias. Desculpem, eu juro que não sou assim sempre.
Eu nem gosto tanto assim de chocolate.

depois...(01:11)

Olhar aquivo do Blog pode ser bem legal. Você acha coisas como esta.
Quisera eu estar exatamente desse jeito, só que agora.

31 de maio de 2006

Sabe, eu bebo pra afogar minhas mágoas, mas as danadas estão aprendendo a nadar. E olha, como a vida é uma montanha, um dia você está lá no alto, com teus amigos, com um namorado bacana, com a família. Aí tudo está ótimo, maravilha, jóia. Mas lá no alto o ar é mais rarefeito e a temperatura é mais baixa, dá aquele friozinho às vezes.
Aí você resolve descer, por conta própria, só você, mais ninguém! Aí vai descendo e começa a se arrepender. Lá do alto você via tudo bem mais claro e límpido, tinha uma visão panorâmica que era uma beleza. Durante a descida as coisas se tornam mais sombrias e fica meio impossível você enxergar onde tá pisando e passa a correr o grande risco de tropeçar (isso se não tiver uma daquelas armadilhas que envolvem buracos e redes cobertas por folhas).
Mas você continua descendo. Vai, vai, vai. Aí chega na base, no fim, lá embaixo. Nem pensa em olhar pra trás pra ver a longa caminhada. Tá mais é preocupada em pensar que agora tudo estar mais confortável e mais, ahn, quentinho.
Passa a respirar melhor, também. Você fica uns meses lá, começa a achar que realmente fez a escolha certa. Mas aí...chega uma frente fria. E você ouve dizer que lá no topo tão rolando umas festas DA-HORA. E você está lá, passando frio, sozinha, sem ter com quem conversar, seus cigarros acabaram e nem um litro de Jamel tem.
No teu discman (NEM IPOD VOCÊ TEM, PORRA?!) só toca, putz, Coldplay.

Você pensa em subir de volta. Mas, meu filho, a subida exige muito mais. Estes anos fumando darão as caras agora. Ó, céus, é o fim!


(Texto inspirado na possível criação da "Sociedade dos poetas medíocres". Faço aqui uma adição: tô mais pra filósofa. FALAÍ.)

28 de maio de 2006

Pedro diz:
Acabei de ver uma coisa na conta telefônica.
Flávia. diz:
O que?
Pedro diz:
Sabe quantos minutos a gente usou dos 600?
Pedro diz:
85.
Flávia. diz:
HAHAHAHAHHAAHA
Flávia. diz:
Vixi
Pedro diz:
Dá pra vender minuto.
Flávia. diz:
é?
Pedro diz:
Vamos botar cartazes no prédio do tipo: Aluga-se telefone para chamadas locais.
Flávia. diz:
HAHAHAHAHAHAHAHAHHAAHAHA
Pedro diz:
Aí quem não tem telefone vem e usa o nosso.
Flávia. diz:
Ótima idéia.
Um post deletado por motivo de força maior e por causa do pouco de vergonha que me resta na cara.

20 de maio de 2006

Sempre tem um filho da puta que aparece quando não deveria pra foder com todas as nossas certezas.
Isso sim me quebra as pernas e tira qualquer escudo que eu vinha construindo há tanto tempo.

19 de maio de 2006

fódeu, bródi.

12 de maio de 2006

Acordo atrasada. Penso duas vezes na relação custo-benefício. Sair do rolinho de edredon que faço ou dormir até 2 da tarde. Opto pela primeira opção, motivo que prefiro não comentar.
Coloco a mão entre as tiras da persiana pra fora da janela. Frio pra caralho.
A hora mais difícil do dia é colocar o sutiã e passar o desodorante (como já dizia Zuzu). 10 minutos atrasada, já.
Não me importo, vou até a cozinha, coloco água pra ferver, faço um chá com canela.
Vou pra aula e me arrependo. Sabia que deveria ter ficado dormindo.
3 horas muito mal dormidas na noite anterior tiram o bom humor de qualquer ser humano com um pouquinho de sanidade.
Durmo a tarde inteira. Acordo atrasada pra aula, de novo. Resolvo que só vou pra outra.
Chego em casa quase onze da noite. Vazia, Pedro viajou.
Faço minha janta. Sanduíche pelo terceiro dia.
Venho pra internet e nada de muito interessante. Resolvo que não sou mais a nora que sua mãe pediu, porque isto é uma grande mentira.
Prefiro calar a boca, espantar os demônios, amaldiçoar você e as suas razões.

Faço um chá de morango, acendo mais um cigarro e penso em como as coisas simplesmente não acontecem.

2 de maio de 2006

Quando você entra pra faculdade depois de um ano de cursinho, tem a impressão que é a vida que você pediu à Deus.
As aulas começam mais tarde, o máximo que você faz é ler um ou outro xerox por dia, você pode dormir a tarde inteira que não fica com matéria acumulada nem nada.

Aí de repente todos os professores resolvem jogar um balde de água fria nestas suas convicções. E vem tuuuuuudo de uma vez. Milhões de provas, milhões de trabalhos e livros. Ok, as coisas até que não são tão difíceis assim, mas quando você se vê obrigada a passar o feriado inteiro dentro de casa lendo um livro insuportavelmente grande pra produzir um trabalho completamente inútil só porque tem uma professora lá que não é muito afim de te dar aula, você fica puta.

O engraçado é que não adianta reclamar. "Mas professora, a gente tem duas provas no mesmo dia! não tem como adiar uma semana?" Fodam-se as outras disciplinas, eles tão mais é preocupados em manter em dia a deles.

Aí você reclama, reclama, reclama, xinga, mete a boca, manda tudo pra puta que pariu.
E, de repente, uma luz vem e você pensa: porra, eu passei nessa merda de vestibular, tirei a vaga de alguém agora, não posso deixar que mais pra frente um filho da puta venha e tire a minha vaga no emprego dos meus sonhos.

Conclusão: enfie a cara nos livros, faça todos os trabalhos pro dia certo, se mate pra tentar entender qual é a merda da diferença entre o jornalismo relacionado ao positivismo e ao marxismo, coloque tudo dentro das malditas regras da ABNT (isso provavelmente vai te tomar mais tempo do que o trabalho, em si), esqueça a vida social por apenas uns diazinhos, lembre que disso tudo, por mais distante que esteja, depende o SEU futuro.
Aí um dia, quem sabe, você perceba que o balde de água fria, as noites sem dormir, as overdoses de café e cigarro na frente do computador, as pernas que não param de se mexer, a louça que ficou acumulada na pia...bem, tudo isso, valeu a pena.

18 de abril de 2006

Eu sou uma brega assumida. Sério, eu adoro coisa brega.
Esses dias eu tava com aquela música do Luis Miguel, que toca na novela, na cabeça. Não deu outra, fui lá e baixei e passei quase que um dia inteiro ouvindo e aprendendo a letra.
Luis Miguel lembra minha infância. Meu pai tinha uma secretária no consultório dele que era LOUCA por Luis Miguel. Tinha todos os cds e colocava pra tocar quando meu pai não tava lá. E como eu adorava ir ao consultório brincar de atender telefone e dizer "consultório médico, bom dia", eu ouvia MUITO Luis Miguel.

Tirando essa breguice, eu tenho mais muitas. Shakira na sua fase "pies descalzos" é mais uma delas. Sou louca por aquela música "Antologia". Acho linda de morrer. Aliás, prefiro muito mais a fase Shakira-brega do que essa Shakira-diva de agora.

Tudo bem, tudo bem. Podem falar merda pra mim, eu aceito, mas não concordo. Duvido que algum de vocês nunca passou por uma fossa pós-pénabunda ouvindo "more than words" ou "always", do bon jovi. EU DU-VI-DO.

2 de abril de 2006

Cansada de esperar pelo príncipe encantado, o homem dos sonhos, o pai dos meus filhos, resolvi que não vou mais me estressar por causa deles todos.
Todo aquele romantismo dos meus 16 anos acabou, parece. O que eu acho bem triste, na verdade. Naquela época eu era mais bonita também, pelo menos me sentia melhor comigo. Hoje eu não tenho a mínima motivação pra conhecer pessoas, sabe como é? Aqueles que me interessam, ou são gays ou já têm suas namoradas bonitonas.

Mas que merda.

1 de abril de 2006

mas encheu o saco e agora eu quero só homem exibido.

2 de março de 2006

Não sei se porque eu sempre gostei de graaandes espetáculos, de luzes, muita gente dançando, essas coisas, mas o desfile das escolas de samba me fascina. Sério, eu acho MUITO lindo.
Tanto é que passei quase que todo o carnaval vendo isso.
Quando eu for gente grande eu vou lá pro RJ assistir.
Poooodem meter a boca, afinal, como assim gostar de CARNAVAL, né?
Calma lá, não misturem tudo.
Não tô dizendo que eu coloco minha sainha e vou lá seguir o trio elétrico da Ivete.

23 de fevereiro de 2006

A primeira vez que eu ouvi Rolling Stones e me lembro, devia ter uns 6 anos. Mais uma visita à casa dos meus avós em Ribeirão Preto. Eu tenho um tio que mora com eles ainda, queimou todos os miolos com as drogas que usou até os 20epoucosanos e não fez nada da vida, hoje ele só não pode ser considerado um vegetal porque fuma o dia inteiro e tá sempre comprando cds. E ele é fã de Rolling Stones com direito a vinis e pôsters.
Eu tava lá, passei na frente do quarto dele e ele tava ouvindo. Achei legal, mas preferia aquela banda que meu pai ouvia direto, o tal dos Beatles. Hoje, uns 13 anos depois a minha opinião não mudou nada. Eu acho Rolling Stones UM PORRE. Não suporto o Mick Jagger e muito menos aquele guitarrista que acende um cigarro e fica com ele na boca sem fazer nada. Acho que dele eu tenho mais birra ainda porque eu odeio quem faz isso. Se quer me irritar, acenda um cigarro e fique com ele na boca deixando queimar.
Aí tá, a verdade é que da "minha geração" eram pouquíssimas as pessoas que eu conhecia que diziam, "sabe uma banda que é DO CARALHO, que eu tenho todos os discos e recomento pra todo mundo? Rolling Stones". Na verdade eu tinha amigos que nunca tinham ouvido falar até o escândalo Luciana Gimenez.
Então, de repente, a Coca-Cola usa uma música tocada pelos Stones, que na verdade é do Dylan e é uma das minhas preferidas, por sinal, e os Stones caem nas graças da molecada. Calma, nada conta Coca-cola, visto que é o meu refrigerante preferido. Mas é que eu ficava meio puta quando ouvia alguém falando que "Like a rolling stone" ERA DOS ROLLING STONES.
Aí surgiu o tal show.
E depois disso foi um marketing do caralho em cima da banda que não tinha como passar despercebido. E surgiram os fãs de teeeempos. Perceberam a ironia? Surgiram. Fãs. Antigos. Porque ser fã novo é vergonhoso hoje em dia. O legal é descobrir a banda antes de todo mundo.

Pra não falar que não conheço algo deles, eu conheço. Aquele que fala assim "anybody seeeeen my angel arooound" e também aquela "satisfaction", mas na versão da Britney Spears.

E a globo que me desculpe, maaaas, pra miiiim, foi só mais um show de Rock.

Agora U2 fica prum outro post.

12 de fevereiro de 2006

Quando eu tava na sexta série eu conheci um menino que era da minha sala. Ele era repetente, rebeldezinho, ouvia Raimundos, já ia no Tribos com o irmão mais velho, fumava, tinha banda. Tudo aquilo era bem diferente, afinal eu tinha 12 anos, era amiga das "patricinhas" da minha sala e minha diversão de fim de semana era ir ao shopping.
Pois ele teimou comigo e começou a vir atrás de mim. Dizia coisas bonitinhas, me ligava e ficava cantando no telefone, vinha aqui em casa e eu enrolei ele uns 2 meses. Foi o segundo menino que eu beijei na minha vida e no último dia de aula da sexta série. Depois disso nos vimos mais uma vez.
Aí ele me ligou no dia que eu tava saindo de viagem (eu não tinha contado) e ficou puto porque eu não avisei. Fui pra Cabo Frio e quando voltei não liguei mais pra ele. Encontrei ele na Expoingá no ano seguinte, dei um oi e foi só.
Passei quase um ano ainda apaixonada pelo menino. Até conhecer meu primeiro namorado.

Aí ontem eu acordei e tinha um bilhete assim: "Flá, liga pro Evandro e liga pra mim. Fer.". Como é raro minha irmã pedir pra eu ligar pra ela, liguei primeiro. E então, recebo a notícia.
Fer - Lembra do Tiago?
Eu - Que Tiago?
Fer - Aquele do Objetivo...
Eu - Ah, sei. O que tem?
Fer - Ele tá trabalhando no Roots. Ontem eu tava lá e ele veio perguntar se eu tinha uma irmã chamada Flávia, eu disse que sim e ele falou que tinha sido apaixonado por você, que era pra eu levar você lá qualquer dia...
Eu - MENTIRA.
Fer - Sério, cadê aquela foto de vocês dois? Ele pediu pra levar pra ele ver!
Eu - Não tenho mais, acho que rasguei ou joguei fora, não sei.
Fer - Então tá, mas vamos lá qualquer dia.

E eu agüentei? Ontem a noite eu já passei lá na frente de carro pra ver. Mas não consegui.

Enfim, a vida nos prega cada peça, né? 7 anos!

9 de fevereiro de 2006

Há uns 3, 4 anos eu já sabia que meu futuro seria esse. Eu bolei uma história pra mim: morar em curitiba, fazer jornalismo na UFPR, morar com uma amiga em uma casa de paredes coloridas, com um computador em cada quarto com rede pra gente ficar se falando por msn quando tiver com preguiça de FALAR mesmo. Seria lindo, perfeito. Claro, algumas coisas não saíram como planejadas, mas o apartamento de paredes coloridas (UMA parede verde) tá lá, o amigo que vai dividir é que mudou, mas essa amiga sabe que a casa estará sempre aberta.
Tudo tá dando certo. Não vou pra São Paulo. Curitiba me terá por pelo menos mais 4 anos.

Perdi a linha de raciocínio. Acho que é basicamente pra dizer que pequenas coisas mudaram, os sentimentos e as grandes vontades não. Não MESMO.

1 de fevereiro de 2006

Não tem explicação. Passam aaaanos e algumas coisas parecem que não mudam NUNCA. Na verdade eu nem esforço tanto pra isso, nem ligo mais, já faz parte de mim e eu não me importo o suficiente com isso pra tentar tornar qualquer coisa diferente.
É que, de verdade, são 11 meses sem pensar nisso e 1 que tudo parece que aconteceu ontem. Mas não resta mais nada, só algumas fotos, um cartão bonitinho e só. Nada.
E eu fico assim, sempre. Sem saber o que fazer, com cara de idiota aqui, esperando que por um milagre de algumacoisa tudo volte a ser o que foram aqueles 6 meses singulares.

Que grande merda!

20 de janeiro de 2006

Olha como eu sou antipático, não estou sorrindo pra você,
não estou fazendo aquelas caras que todo mundo faz quando encontra você!
Olha como eu sou repelente, ponho o pé na frente pra te ver cair.
E se durante a queda você se levanta, eu posso ser eu mesmo e simplesmente rir.

Olha como eu estou cagando, pra o que você irá dizer!
Olha como eu estou andando, pra bem longe de você!


Pronto, acho que resume muito bem o que eu tinha pra dizer sobre essa situação deplorável que a tua boca nojenta criou ;]

13 de janeiro de 2006

Sugar, we're going down.

Passei na UFPR. Jornalismo, 3º mais concorrido. O curso, a universidade e a cidade que eu sempre quis. Não tem como esconder que eu tô MUITO satisfeita e feliz por ver que tudo que eu passei esse ano valeu mesmo a pena e que estudar ainda faz algum sentido.

Segunda começo as aulas na auto-escola, provavelmente eu ganhe um carro pra levar pra Curitiba. Por enquanto é só boato, mas não custa nada sonhar.

Agora eu tô esperando resultado da FUVEST. E não vou mentir, eu não quero ir pra São Paulo. Tá, USP é USP, mas São Paulo me tira do sério.


Então é isso. Pra terminar, deixo aqui expresso o meu ódio por pessoas bonitas.

1 de janeiro de 2006

Eu comecei esse blog com 15 anos recém completados. Hoje eu tenho quase 19. É, sempre que começa o ano eu penso como o tempo tá passando e como quando eu tinha 15 anos meus planos para o "futuro" eram totalmente diferente do que tá acontecendo agora.

Naquela época eu tinha um namorado, era completamente apaixonada, acreditava que ele era o homem da minha vida. E eu tinha planos de terminar o 3ªº, mudar pro Rio de Janeiro, ir fazer teatro e virar uma bela de uma atriz.
Nada disso aconteceu. Troquei a praia pelo frio de Curitiba, o teatro pelo Jornalismo, o namorado pela solteirice, a vodka pela cerveja, o pulmão pelo Marlboro.

E quer saber de uma coisa? Eu acho que sou bem mais feliz assim.