5 de outubro de 2006

Eu gosto de complicar. Gosto mesmo, acho que é um dos meus passatempos preferidos.
Talvez seja por causa do teatro, do drama, mas eu sempre gostei das paixões que me fazem perder a cabeça, das brigas que me fazem soluçar só pra depois ter aquela coisa boa na hora de fazer as pazes e pensar "ah, como é bom estar tudo resolvido", de sentir saudade até não agüentar mais.
Eu gosto, eu acho que são essas sensações que nos deixam saber que estamos vivos mesmo.
Não consigo levar as coisas na brincadeira, nunca soube. Não sei não me envolver e sei que isso assusta muita gente e é um dos motivos de eu estar há quatro belos anos sem namorado. Não sei não demonstrar que me importo, que gosto. Não sei jogar e nem quero aprender: odeio o tal "jogo da sedução", e acho cafona pra caralho essa expressão. E isso era pra ser o complicado, você vai me dizer.
E te responde que não, não é. Isso é o mais simples, o mais fácil de se fazer.
O difícil é abrir, escancarar o coração. É perder o medo de ser você mesmo quando tá com outra pessoa, não ter vergonha de aparecer de pijama, chinelo e meia, sem maquiagem, sem disfarces.

Só que agora, hoje, enquanto eu tomava um banho bem quente depois de um dia bastante cansativo, cheguei a uma conclusão bastante óbvia: eu preciso aprender a relaxar.

Fim.