28 de setembro de 2007

Ontem, ONTEM, eu estava contando pra um amigo como parecia que as coisas finalmente estavam se encaixando. Tudo parecia fazer tanto sentido: comecei a trabalhar em um lugar bacana, rodeada de pessoas que eu amo, me mudei pra um apartamento bem mais legal, tenho agora uma suíte e uma cama mais confortável, um armário de seis portas e quatro gavetas e, thank god, eu tinha me livrado do que vinha me corroendo há tanto tempo.

Mas, alô, sou eu quem estou falando.
Isso que dá ter algum tempo livre pra ver um filme bonito, que te traz mil lembranças e que, de repente, faz tanto sentido. Meu estômago tá doendo, deve ser gastrite atacando.
Enfim.
Dói perceber que você é a única responsável pela sua miséria e que a pessoa responsável por te fazer feliz nem existe.


20 de setembro de 2007

Eu poderia fazer um baita post falando sobre o meu avô que faleceu essa semana. Mas basta dizer algumas coisas.
Meu vô me ensinou a gostar de livros, me deu a coleção inteira do Machado de Assis e do Lima Barreto. Meu vô me ensinou tudo sobre Getúlio Vargas melhor do que qualquer outro professor de História.
E meu vô, e por isso eu vou sempre ser grata, me apresentou a uma das coisas mais deliciosas dessa vida: banana com paçoca.
Valeu, vozão.

12 de setembro de 2007

Seja menos carente, dependa menos dos outros, sorria mais e reclame menos.
Não se encante tão fácil, não se deixe levar pela fraqueza ou pela falta de emoções de sua vida pastel, resista mais um pouco.
Quando for pra chorar, que seja trancada no quarto ou durante o banho, não saia por aí demonstrando sua tolice.
Fume menos, beba menos, durma e leia mais. Estudar também seria uma boa idéia. Procurar um emprego, quem sabe.
Sonhe menos. Não há problema nenhum em não sonhar, se esqueça da vez que te disseram isso. Pronto, comece aprendendo a viver mais no mundo real.
Coma mais salada e menos carne vermelha, evite o açúcar e o café em excesso.
Pare de pensar que há alguma chance nisso tudo.

Acorde, caralho.

10 de setembro de 2007

Eu costumava achar que meu excesso de determinação fosse uma qualidade, sabe.
Mas daí esqueço de toda a ansiedade e neurose que vêm junto. Eu queria, mesmo, relaxar e deixar as coisas caminharem no ritmo certo, mas quem disse que eu consigo?

Preciso dormir, dormir, dormir. Sono como fas

5 de setembro de 2007

Estava eu hoje almoçando em um restaurante na Presidente Taunay, comendo almôndegas com macarrão, alface, tomate e brócolis. Como almoçava sozinha, fiquei prestando atenção na conversa da mesa ao lado.
Um homem e uma mulher discutiam, me pareceu, o que iria no cartaz de uma clínica de estética.
- Botox?
- Ai, não, botox, não. Já tá fora de moda.
- Claro que não! Todo mundo coloca botox!
- Eu não coloco - disse o homem.
Nisso uma outra mocinha chega com uns papéis e pergunta, bem simpática, se eles não desejariam assinar o abaixo-assinado contra a venda da Vale do Rio Doce. E o cara vira e diz:
- Ah, mas o que é isso?
A amiga dele deu uma explicação bem rápida e ele pediu o papel para assinar. Assinou.
Depois que a mocinha que tinha pedido a assinatura saiu, ele perguntou:
- Mas pra quê é isso?
- Tão querendo privatizar.
- Ai, mas tem que privatizar, mesmo!!!! - disse e, abaixando bastante a altura da voz, continuou - Isso é aqui em Curitiba?

Indigestão, ok.

2 de setembro de 2007

Eu tava aqui decidindo o quê colocaria como trilha sonora da minha primeira caixa de mudança.
Beleza, vamos de Beatles.
Encaixotei uns livros e papéis, xerox da faculdade, passei a fita na caixa e voltei pro computador pra jogar um pouco de bubble shooter e ver se conseguia ganhar.
Nisso já tava na letra "w" das músicas deles.
Foi então que eu me deparei com uma coisa tão bonita.
Acho que de todas canções que apresentam variações do tema "amor", nunca nenhuma me foi tão conveniente e tão verdadeira.
A música é Wait.

"But if your heart breaks
Don't wait, turn me away
And if your heart's strong
Hold on, I won't delay
Wait till I come back to your side
We'll forget the tears we've cried"

Talvez isso só tenha me ocorrido porque é tão bom quando a gente consegue falar pra quem a gente ama que ela pode, sim, nos esquecer.

Ah, desculpa aí, galera. Hoje é sábado e eu estou em casa. Alguma coisa tá errada nisso.