31 de dezembro de 2006

Só faltou enforcarem o Saddam em praça pública, afirmando que o fazem pois assim Paz Mundial é garantida.
Enquanto isso, aumenta a tropa americana no Iraque e mata centenas de civis.

Mas é aquela velha história, né.
Pra acabar com a violência, basta tacar fogo no presídio e matar todos os bandidos, poxa! Hi-gi-e-ni-za-ção.

18 de dezembro de 2006

Então...

Eu estou em Maringá.
E, como algumas pessoas devem saber, no norte do Paraná faz um calor quase insuportável. Pra melhorar, o lugar mais quente do apartamento é o quartinho do computador, onde não passa um ventinho pra refrescar.
Venho intercalando horas vendo televisão com banhos de 20 minutos sem abrir a torneira de água quente.

Tipo agora, faz pouco mais de uma hora que eu tomei banho e já estou pensando em ir lá de novo. Ai, que inferno.

Até pensei em falar do show do Cachorro Grande que eu vi sexta (e que não teve braguilha aberta, mas o solo incansável repetiu-se), da festa que eu fui ontem e de como HBO Plus! com seus filmes bestiais me deixa muito, mas muito, entretida durante o ócio, mas...

11 de dezembro de 2006

Manoel Carlos nunca esteve tão empenhado para falar de preconceito como em Páginas da Vida.

Viva a Kaísha.

7 de dezembro de 2006

Coisas que só morar-com-amigos e ditados populares fazem por você

Flávia, Pedro e Elisa, no espaço sala/cozinha.
- Lisa, quer que eu lave essa louça?
- Não, pode deixar...
- Então tá, a de amanhã deixa pra mim, então.
- Tudo bem, Frah. Porque a vida é assim. Uma mão lava a outra e as duas lavam o pé. Ou então, como diz a vó do Pedro, lavam a bunda.
- Que tem minha vó?
- Tua vó não fala assim, Pedro? Você que me contou.
- Ah, é. E ela também chama aquilodamulher de loja.

E hoje, durante a novela.
- Lisa, você deu o convite do Acorde Curitiba! que você ganhou ontem pra Antonella?
- Dei, Frah. Eu não vou poder ir, né, vou ter vestibular no dia...
- Af, menina. Desse pra eu vender lá na frente, você ganharia vintão!
- Mas, Frah. Dinheiro não é tudo na vida.
- Você tá muito enganada. Você não tem ambições?!
- Frah, amizade em primeiro lugar, a Cherry é minha amiga!
- Putz, menina. Não dá pra conversar com você mesmo. Não sabe que de grão em grão a galinha enche o papo? - mostrando um papo cheio, com a mão.
- É verdade, você tem razão. Acho que eu tava bêbada.

E agora pouco...
Elisa abre a porta do quarto, sai de lá e diz:
- Frah, não aguento mais esse Pedro, meu!
- Que foi agora?
- Ele virou assim pra mim: "Ai, todo dia que eu olho no espelho e vejo essa minha mancha no rosto, eu penso 'por quê a vida real não pode ser igual a do photoshop?'". - e levanta as mãos para o céu, num gesto de desespero.


Se eu contasse aqui cada momento do dia em que me vejo tendo um ataque de risos, daqueles mais eficientes que 400 abdominais...

editando...

"Pior foi aquele dia que entrei no quarto e o Pedro:
- Ai Lisa, eu tava aqui pensnado...
- No que, Pedro? No que você é aos olhos de Deus?
- Não... é que você é tão Paris, e eu sou um Zé Qualquer.

¬¬

DAI-ME PACIÊNCIA!!! HAHAHAHAHA.
Elisa"

4 de dezembro de 2006

Já contei essa história pra muita gente, mas a chegada das férias me fez relembrá-la.

O colégio em que estudei lá em Maringá todo ano promovia um festival de teatro. Os alunos eram responsáveis por praticamente tudo, desde o roteiro até a contra-regragem. Quando eu estava no segundo ano, fui líder de turma junto mais duas amigas e ficamos responsáveis por toda a organização da nossa peça. Logo que definiram o tema, fiquei bastante animada. Não me lembro agora exatamente quais eram, mas tinha rádio e cinema, que eram os que eu torcia pra tirar no sorteio. Pois pegamos...jornal.
E foi assim que tudo começou.
Nós conseguimos uma visita à Folha de S. Paulo, pegamos nossas malas e fomos pra São Paulo passar um tarde inteira na redação.
Eu coloquei meus pés ali e resolvi: é isso que quero fazer da vida.
Pessoas andando, conversando, nada de terno e gravata, e movimento, movimento, movimento.
Cheguei em Maringá e comuniquei para meus pais que tinha decidido o que fazer no vestibular: jornalismo.

Aqui abro um parêntese. Eu fiz teatro por cerca de oito anos. Meu sonho era continuar sendo atriz, mas eu tinha medo, muito medo. Aquela velha história do talento, eu sabia que não tinha nascido com ele. Então, resolvi que ia fazer alguma coisa que me mantivesse nos meios de expressões, e isso, com certeza, também influenciou muito minha escolha.

Meu terceiro ano foi praticamente perdido. Eu não estudei. Passei o ano inteiro só fazendo festa, churrasco, viagens e saindo com os amigos. Resultado: não passei no vestibular.
Eu era boa aluna, não pegava recuperações nem nada e aquilo foi um soco na cara. Mas nem pensava na possibilidade de fazer uma faculdade particular (não cheguei nem a prestar vestibulares para tal).
Vim pra Curitiba, fiz um ano de cursinho e passei na UFPR.

Confesso: nem sabia direito o que um jornalista fazia. Não lia jornais diários, não sei nomes de jornalistas importantes, conheço muito pouco sobre a área. Mas, desde o primeiro dia de aula, eu tive certeza de que tinha tomado a decisão certa. E aquilo tudo foi me facinando e eu passava as tardes lendo textos de teoria do jornalismo e me apaixonando.

Hoje fiz minha última prova do meu primeiro ano de faculdade. E sinto que agora minha vida está, verdadeiramente, começando.

3 de dezembro de 2006

Pra melhorar, minha cabeça resolveu dar um nó e há alguns poucos dias não entendo mais coisa alguma. Tenho sonhos esquisitos, com pessoas esquisitas e penso coisas que não devo.
Só pra não perder o costume, me vejo reclamando das relações vazias e que me adicionam nada. Me vejo ansiosa, perdendo tempo interpretando gestos que antes passavam por normais pra mim, bolando teorias e sonhando com finais felizes.
O estranho é pensar que meu foco mudou, assim, tão de repente. E em como meu coração brinca comigo e me torna a pessoa mais inconstante desse mundo.
Logo eu, que tinha desistido de pensar nessas coisas. Vivo prometendo coisas que sei que não posso cumprir.

Mas, estranhamente, me vi querendo ser a Annie de alguém.
"Conhecemos muito mal os objetivos relativamente simples que nos guiam, mesmo quando se trata apenas de nossos empreendimentos particulares; acreditamos agir desinteressadamente e o fazemos de maneira egoísta; acreditamos obedecer ao ódio, e cedemos ao amor; cremos obedecer à razão e somos escravos de preconceitos irrefletidos."

Oh, Mr. Durkheim...