Acordei 5 horas da manhã hoje. Peguei um avião que chacoalhou pra caralho e cheguei em Curitiba às 7h. A viagem Aeroporto-casa é mais longa do que a Maringá-Curitiba, incrível.
Cheguei em casa e resolvi que não ia pras aulas da manhã, dormi até meio dia, acordei, fiz um arroz com muito alho e peixe com molho branco com funghi, que a mãe mandou congelado. Eu ainda não sei fazer essas coisas.
Antes de ir pra aula da noite, precisava passar no shopping pra tirar dinheiro. Eu tinha tipo três putos no bolso, tava feia a coisa. E nem tava chovendo, saí sem guarda-chuva. Na hora que coloquei o pé pra fora do shopping, o mundo desabou. Voltei pra casa, peguei meu lindo guarda-chuva verde limão (cof cof), e fui para a fila do ônibus. Nisso meu humor, que já não estava bom, explodiu. Enquanto eu esperava na fila do ônibus, meu olho começou a encher de lágrima e me deu uma vontade imensa de gritar com aquelas pessoas lerdas e com o cobrador.
Entrei no Santa Cândida, 18h10. Aquele horário AGRADÁVEL. Três meninos com suas pastas positivo discutiam os professores, as aulas, a falta de estudo e o daprimeirafaseeupassomasnasegundatôfodidonãoseiredação. Daí eu acho que entrei em transe. Sério, minha cabeça voou para um outro lugar, eu não ouvia mais ninguém conversando perto de mim, não ouvia voz alguma. Comecei a pensar no nada. Isso deve ter durado um minuto.
Logo voltei à Terra e à conversa dos três meninos. E lembrei do meu ano de cursinho.
Ano passado foi legal, muito legal. Mas lembrei especificamente dos ocorridos entre junho-setembro. E de como eles não vão voltar, não vão. E eu me machuquei lá, pra que insistir nisso outra vez? Pra que pensar que dessavezpodesertudodiferente, se as circunstâncias são ainda piores?
Mas, apesar de tudo, 2005 foi um ano muito bom.
E então eu percebi como 2006 está sendo horrível. Eu não saio como antes, eu não bebo como antes, eu não me divirto como antes. As coisas legais que aconteceram podem ser contadas nos dedos:
- Passar no vestibular
- Morar com o Pedro
- Passar um feriado com a Dayane em Camboriu
- Passar as férias com o Evandro, no Rio
- Passar um final de semana com a Sabrina na praia
- As conversar com a Grazi, tomando um chá ou uma cerveja.
- O Lucas
- As meninas da minha sala
E agora eu poderia passar horas contando a novela mexicana dos últimos seis meses.