26 de julho de 2006

Então, eu fui para o Rio assistir a montagem dos meus amigos que fazem teatro lá. A peça era linda, não lembro se já comentei aqui. O texto era uma coisa de louco. Baseado na vida de August Strindberg.
De todos as cenas da peça, uma em especial me fez arrepiar nas três vezes em que assisti. Ela era assim:

(Strindberd sentado numa esquina, brincando com uns galhos no chão. Frida se aproxima.)
- O que você está fazendo parado aí na esquina?
- Preciso ficar parado em algum lugar enquanto espero.
- E o que você está esperando?
- Felicidade. (Nessa hora o Evandro dava uma pausa) Ou só o fim da dor.

Não sei muito bem o por quê de tudo isso, mas talvez seja que tem hora que eu me sinto tão...Strindberd sentado na esquina. E achando que ficar ali (no caso, aqui), sem fazer nada, adianta de alguma coisa. Ficar parada, esperando que caia do céu uma solução para uns problemas que são tão meus, aqueles que eu não consigo falar pra ninguém e que aos poucos vão me entristecendo.

Ah, desculpa. Me perdi no meio do raciocínio.