23 de fevereiro de 2006

A primeira vez que eu ouvi Rolling Stones e me lembro, devia ter uns 6 anos. Mais uma visita à casa dos meus avós em Ribeirão Preto. Eu tenho um tio que mora com eles ainda, queimou todos os miolos com as drogas que usou até os 20epoucosanos e não fez nada da vida, hoje ele só não pode ser considerado um vegetal porque fuma o dia inteiro e tá sempre comprando cds. E ele é fã de Rolling Stones com direito a vinis e pôsters.
Eu tava lá, passei na frente do quarto dele e ele tava ouvindo. Achei legal, mas preferia aquela banda que meu pai ouvia direto, o tal dos Beatles. Hoje, uns 13 anos depois a minha opinião não mudou nada. Eu acho Rolling Stones UM PORRE. Não suporto o Mick Jagger e muito menos aquele guitarrista que acende um cigarro e fica com ele na boca sem fazer nada. Acho que dele eu tenho mais birra ainda porque eu odeio quem faz isso. Se quer me irritar, acenda um cigarro e fique com ele na boca deixando queimar.
Aí tá, a verdade é que da "minha geração" eram pouquíssimas as pessoas que eu conhecia que diziam, "sabe uma banda que é DO CARALHO, que eu tenho todos os discos e recomento pra todo mundo? Rolling Stones". Na verdade eu tinha amigos que nunca tinham ouvido falar até o escândalo Luciana Gimenez.
Então, de repente, a Coca-Cola usa uma música tocada pelos Stones, que na verdade é do Dylan e é uma das minhas preferidas, por sinal, e os Stones caem nas graças da molecada. Calma, nada conta Coca-cola, visto que é o meu refrigerante preferido. Mas é que eu ficava meio puta quando ouvia alguém falando que "Like a rolling stone" ERA DOS ROLLING STONES.
Aí surgiu o tal show.
E depois disso foi um marketing do caralho em cima da banda que não tinha como passar despercebido. E surgiram os fãs de teeeempos. Perceberam a ironia? Surgiram. Fãs. Antigos. Porque ser fã novo é vergonhoso hoje em dia. O legal é descobrir a banda antes de todo mundo.

Pra não falar que não conheço algo deles, eu conheço. Aquele que fala assim "anybody seeeeen my angel arooound" e também aquela "satisfaction", mas na versão da Britney Spears.

E a globo que me desculpe, maaaas, pra miiiim, foi só mais um show de Rock.

Agora U2 fica prum outro post.

12 de fevereiro de 2006

Quando eu tava na sexta série eu conheci um menino que era da minha sala. Ele era repetente, rebeldezinho, ouvia Raimundos, já ia no Tribos com o irmão mais velho, fumava, tinha banda. Tudo aquilo era bem diferente, afinal eu tinha 12 anos, era amiga das "patricinhas" da minha sala e minha diversão de fim de semana era ir ao shopping.
Pois ele teimou comigo e começou a vir atrás de mim. Dizia coisas bonitinhas, me ligava e ficava cantando no telefone, vinha aqui em casa e eu enrolei ele uns 2 meses. Foi o segundo menino que eu beijei na minha vida e no último dia de aula da sexta série. Depois disso nos vimos mais uma vez.
Aí ele me ligou no dia que eu tava saindo de viagem (eu não tinha contado) e ficou puto porque eu não avisei. Fui pra Cabo Frio e quando voltei não liguei mais pra ele. Encontrei ele na Expoingá no ano seguinte, dei um oi e foi só.
Passei quase um ano ainda apaixonada pelo menino. Até conhecer meu primeiro namorado.

Aí ontem eu acordei e tinha um bilhete assim: "Flá, liga pro Evandro e liga pra mim. Fer.". Como é raro minha irmã pedir pra eu ligar pra ela, liguei primeiro. E então, recebo a notícia.
Fer - Lembra do Tiago?
Eu - Que Tiago?
Fer - Aquele do Objetivo...
Eu - Ah, sei. O que tem?
Fer - Ele tá trabalhando no Roots. Ontem eu tava lá e ele veio perguntar se eu tinha uma irmã chamada Flávia, eu disse que sim e ele falou que tinha sido apaixonado por você, que era pra eu levar você lá qualquer dia...
Eu - MENTIRA.
Fer - Sério, cadê aquela foto de vocês dois? Ele pediu pra levar pra ele ver!
Eu - Não tenho mais, acho que rasguei ou joguei fora, não sei.
Fer - Então tá, mas vamos lá qualquer dia.

E eu agüentei? Ontem a noite eu já passei lá na frente de carro pra ver. Mas não consegui.

Enfim, a vida nos prega cada peça, né? 7 anos!

9 de fevereiro de 2006

Há uns 3, 4 anos eu já sabia que meu futuro seria esse. Eu bolei uma história pra mim: morar em curitiba, fazer jornalismo na UFPR, morar com uma amiga em uma casa de paredes coloridas, com um computador em cada quarto com rede pra gente ficar se falando por msn quando tiver com preguiça de FALAR mesmo. Seria lindo, perfeito. Claro, algumas coisas não saíram como planejadas, mas o apartamento de paredes coloridas (UMA parede verde) tá lá, o amigo que vai dividir é que mudou, mas essa amiga sabe que a casa estará sempre aberta.
Tudo tá dando certo. Não vou pra São Paulo. Curitiba me terá por pelo menos mais 4 anos.

Perdi a linha de raciocínio. Acho que é basicamente pra dizer que pequenas coisas mudaram, os sentimentos e as grandes vontades não. Não MESMO.

1 de fevereiro de 2006

Não tem explicação. Passam aaaanos e algumas coisas parecem que não mudam NUNCA. Na verdade eu nem esforço tanto pra isso, nem ligo mais, já faz parte de mim e eu não me importo o suficiente com isso pra tentar tornar qualquer coisa diferente.
É que, de verdade, são 11 meses sem pensar nisso e 1 que tudo parece que aconteceu ontem. Mas não resta mais nada, só algumas fotos, um cartão bonitinho e só. Nada.
E eu fico assim, sempre. Sem saber o que fazer, com cara de idiota aqui, esperando que por um milagre de algumacoisa tudo volte a ser o que foram aqueles 6 meses singulares.

Que grande merda!