1 de novembro de 2008

Estive doente
doente dos olhos, doente da boca, dos nervos até.
Dos olhos que viram mulheres formosas
da boca que disse poemas em brasa
dos nervos manchados de fumo e café.
Estive doente
estou em repouso, não posso escrever.
Eu quero um punhado de estrelas maduras
eu quero a doçura do verbo viver.

-
anônimo

25 de outubro de 2008

Cansei de ser triste. Cansei porque não há mais motivos pra tanta tristeza, não há reclamações a fazer. Talvez um ou outro probleminha aqui ou ali, mas que consigo dar um jeito e resolver numa boa. Às vezes surge algo que me estraga um ou dois dias, mas todos os outros são legais, divertidos e bonitos. Então parou a choradeira.

Tenho redescoberto o prazer nas pequenas coisas, tipo um almoço com uma amiga ou ouvir The Doors deitada na cama, ou o vento gelado depois de um dia de muito calor. E esses prazeres têm feito meus dias serem bons.

A única coisa que realmente me incomoda está a caminho de ser definitivamente resolvida, e eu acredito que depois disso todo o resto vai se acertar. Esse restinho de insegurança, de carência. Vai tudo melhorar.

A mãe sempre me diz que eu tenho tendência a me vitimizar. Cansei disso e agora eu quero correr atrás do que eu acredito, do que eu gosto, de quem eu gosto, do que eu preciso. Não serve de nada ficar esperando as coisas caírem no meu colo ou ficar lamentando que a grama do vizinho é mais verde.

Uma série de clichês, mas aprendi com Caio Fernando Abreu que as coisas inexplicáveis necessitam dos clichês para chegar o mais perto possível de uma explicação.

É isso.

12 de outubro de 2008

O que eu quero dizer
E vê se me entende dessa vez
É que são tantas perguntas que atropelam minha vontade de raciocinar;

2 de outubro de 2008


Zé Chico, alongando-se since 1952 e achando pochete o acessório mais prático do mundo até hoje (mesmo rodeado por quatro mulheres com bolsa).
Parabéns, paizão. Mais um ano te amando muito.

28 de setembro de 2008

Depois que a Elisa passou a estar presente em tudo na minha vida, roubei algumas manias e vícios dela. Por exemplo, hoje eu tenho um problema enorme quando vejo que o volume da televisão não está em um número divisível por cinco. Mas de tudo, o que essa Elisa mais me fez viciar foi em download e seriados. Atualmente, nem consigo me lembrar de cabeça quais são os seriados que acompanho, preciso sentar e fazer uma planilha no excel (tipo a que a Elisa fez) para daí eu não me perder.

Enfim, existem alguns critérios para eu gostar ou não de um seriado. Primeiro eu preciso gostar dos personagens, mais do que da história em si. Por exemplo, eu acho a história de Veronica Mars bem bestinha, mas a Veronica Mars é muito legal e eu assisti só porque gostava muito dela. Aí tem casos como Lost. Acho que Lost é muito mais história do que personagens, a trama é muito boa. O único personagem que me deixa louca é o Ben.

E aí tem Grey’s Anatomy. Essa sim, passa por cima de tudo, atropela qualquer uma e é, sim, a série que mais gosto de todas. Os personagens são todos incríveis, a história é muito bem contada e é tudo lindo. Não tem um episódio que não me faça dar um suspiro quando aparecem os créditos, não tem uma frase da Meredith que não me faça pensar em coisas muito maiores. Enfim, é a coisa mais linda desse mundo. E acho que toda mulher nessa vida tem um momento Meredith. Ou pelo menos deveria ter, porque toda mulher merece um Derek na vida.

Só para exemplificar, treine seu inglês em poucos minutos:

"At some point, you have to make a decision. Boundaries don't keep other people out. They fence you in. Life is messy. That's how we're made. So, you can waste your lives drawing lines. Or you can live your life crossing them. But there are some lines... that are way too dangerous to cross."

"At the end of the day faith is a funny thing. It turns up when you don't really expect it. Its like one day you realize that the fairy tale may be slightly different than you dreamed. The castle, well, it may not be a castle. And it's not so important happy ever after, just that it's happy right now. See, once in a while, once in a blue moon, people will surprise you, and once in a while people may even take your breath away."

"Maybe we like the pain. Maybe we're wired that way. Because without it, I don't know; maybe we just wouldn't feel real. What's that saying? Why do I keep hitting myself with a hammer? Because it feels so good when I stop."

"Intimacy is a four syllable word for, "Here's my heart and soul, please grind them into hamburger, and enjoy." It's both desired, and feared. Difficult to live with, and impossible to live without. Intimacy also comes attached to the three R's: relatives, romance, and roommates. There are some things you can't escape. And other things you just don't want to know."

"Okay, here it is, your choice... it's simple, her or me, and I'm sure she is really great. But Derek, I love you, in a really, really big pretend to like your taste in music, let you eat the last piece of cheesecake, hold a radio over my head outside your window, unfortunate way that makes me hate you, love you. So pick me, choose me, love me."

acordei no meio da noite e quando olhei para a parede recuada, que fica ao lado da cama, vi que ela estava cheia de bolhinhas, umas pequenas, outras enormes. "merda", pensei, "preciso resolver esse problema de infiltração essa semana sem falta". como eu não me aguento e se vejo qualquer bolhinha tenho vontade de estourar, comecei a cutucar a parede. dentro de cada bolhinha havia uma minúscula flor, e quando a bolha explodia uns pós coloridos se espalhavam pelo quarto. foi bonito.
sempre tenho esses sonhos quando durmo bêbada, sonho que estou dormindo e acordo dentro do sonho e eu tenho controle de tudo. é a melhor viagem de todas.

23 de setembro de 2008

amada amanda

Queria te agradecer (não me impeça, não venha dizer que não precisa disso). Te dizer “muito obrigada” por ser exatamente tudo que você é e por entender parece que tudo que eu mostro ser, e vasculhar aqueles cantinhos onde eu escondo o resto todo. Agradecer por me receber de braços abertos todas as vezes em que fujo e corro até você, e você me dá colo, comida e um abraço. E o jeito que, sem perceber, você diz as coisas mais bonitas e exatamente aquilo que eu preciso ouvir. E que nem sempre é o que eu quero, e eu me chateio, mas logo em seguida você dá um jeito de mandar a tristeza embora, me oferecendo mais uma colherada de beijinho direto da panela e mostrando como, no final, as coisas acontecem por um motivo, uma razão, e que não adianta a gente tentar controlar isso, uma hora ou outra tudo se acerta.

Por deixar eu te ligar só pra mandar você ir olhar a lua, que tá mais linda do que nunca, e por me agüentar por um dia inteiro sem fazer com que eu me sinta entediada por um minuto que seja. Obrigada, muito obrigada, por me mostrar que as pessoas são insubstituíveis, mas que a gente, cada um no seu tempo, aprende a conviver com a saudade, com o vazio que elas deixam quando vão embora sem aviso prévio, e que aos poucos a gente vai recolhendo os caquinhos do nosso coração pelo chão (como você costuma dizer).

E te dizer, depois de tudo isso, que você é das mais especiais, que tem muito azar quem não te conhece. Eu achava que já havia conhecido gente demais, que do jeito que era estava bom o suficiente. Até você aparecer e mostrar que há um mundo todo aí pra gente conhecer, e me dar a mão e dizer “vamo junto!”.

E, sabe, se isso não é exatamente tudo o que amizade é, então, sei lá, alguém me explica aí.

22 de setembro de 2008

zeca

baby
o que mais importa
a poesia está morta
mas juro qua não fui eu
tudo à minha volta são reclames
desejos
vãos
e sóis
tudo à minha volta são reclames
desejos
vãos
e só

17 de setembro de 2008

pois eu, querido Amarante, te digo o exato contrário: o esforço pra esquecer é a vontade de lembrar.
mas concordo contigo quando diz que se a gente já não sabe mais rir um do outro, só resta chorar.

14 de setembro de 2008

A essa hora do dia (alguns minutos passados das 18h) entra pela minha janela um feixe de luz laranja. Escancaro a cortina para que a cor tome todo o quarto, me sento na cama, que fica em frente à janela, e olho para fora, com os olhos apertados por causa da luz. É sempre bonita essa hora do dia, especialmente aos domingos, quando as buzinas e freadas dão uma trégua ali na avenida. E eu fico aqui, só sentada escutando o silêncio, sentindo a luz laranja.





“Uma ocasião,
meu pai pintou a casa toda
de alaranjado brilhante.
Por muito tempo moramos numa casa,
como ele mesmo dizia,
constantemente amanhecendo.”




Aqui só anoitece.

12 de setembro de 2008

você é tão mais do que isso. fico pensando quando é que vai se libertar dessa cara emburrada que te afasta de tudo, desse seu mau humor constante, dessa canseira que você sente das pessoas, da vontade de dormir e acordar daqui uns dois meses e esperar que esteja tudo melhor. você já foi muito melhor, você é muito melhor do que tem sido. já foi melhor amiga, já soube escutar mais, já se sentiu mais bonita, mais inteligente, mais capaz. agora fica aí, se escondendo em letras de música, em poesia, tudo por medo de mostrar o que você é. você não mudou, continua a mesma menina coração mole, que chora à noite por estar sozinha, que vive imaginando como tudo seria mais fácil se tivesse alguém para abraçar no final do dia. mas fica aí, se fazendo de forte, encarando o que for que te ofereçam. você sabe que não é isso que quer, sabe que no fundo precisa de muito mais para poder deitar a cabeça no travesseiro e dormir em paz. não tente colocar a culpa nos outros, porque ninguém é mais responsável pelo seu rumo que você. não culpe a falta de sensibilidade dos homens, ou a correria dos seus dias, não culpe sua turma de amigos por ser fechada demais, nem as suas amigas por serem mais bonitas que você. pare de se justificar nessas coisas tão pequenas. você diz que os dias cinzas são feios, mas na verdade são seus preferidos, porque te completam, combinam com o que escolheu fazer da sua vida, da sua alma. então enquanto for desse jeito, pare de me procurar, tirei férias de você.

8 de setembro de 2008



Amores requentados, feito pão dormido, vêm do microondas.
E o bom e velho gosto de romance antigo é sempre bom de recordar.

(o café preto, a risada escandalosa, o carinho no joelho, o encaixe das mãos, o beijo quente, o abraço, conversas na cama, beijinho de bom dia, pra quê conversar sério? vamos dar risada, dividir um cigarro, o frio, meu cobertor de orelhas mais antigo e mais gostoso e mais bonito e mais legal)

Flores que você traz pra me dar...
Eu não preciso disso pra lembrar.
Lembro cada beijo que eu te dei, só pra lembrar, só pra lembrar, só pra lembrar mais um.

(o primeiro, o último, o com raiva, o na chuva, o depois de tanto tempo, o de saudade, o de despedida, o com gosto de cerveja e cigarro, os muitos com gosto de cerveja, os escondidos, o melhor beijo que eu beijei)

6 de setembro de 2008

5 de setembro de 2008

São poucas as coisas que me tiram realmente do sério. Eu já fui bem mais esquentadinha, mas hoje em dia é preciso muita cretinice pra me deixar puta da vida. Pois bem, parabéns, conseguiram.
Sabe, tudo que eu quero quando chego em casa depois de 11 horas fora dela é um banho quentinho. Não fodam com o meu banho quentinho, pelo amor de deus. Acontece que nessa porcaria de condomínio, alguém teve a brilhante idéia de fazer o sistema de aquecimento com aqueles aquecedores elétricos, que acumulam a água, esquentam e só depois é a distribuição. Além desse troço ser feio pra cacete, ficar dentro do meu quarto e eu perder uma parede com isso, essa porcaria gasta O TRIPLO de energia e dá mais problema que sei lá, alguma coisa que dê muito problema. Eu moro aqui há menos de um ano e já gastei mais de R$350,00 arrumando essa merda. Primeiro queimou a resistência. Ok, fomos lá e trocamos. Depois simplesmente PAROU de sair água quente da torneira. Tipo, nem uma gota. Ok, fizemos a limpeza dos canos que estavam entopidos.
Daí hoje eu chego, depois de um dos piores dias da minha vida, e novamente não tenho água quente. Nem uma mísera gotinha.
Então comecei a ligar os pontos. Da última vez que aconteceu isso, tinham feito limpeza na caixa d'água do prédio no mesmo dia. Hoje de manhã limparam a caixa d'água novamente. Acontece que não faz nem três meses que isso aconteceu e eu não tô afim de gastar DE NOVO com isso, então fui reclamar com o porteiro e ele me tratou com um descaso sem tamanho. Ele disse que podia ter relação, sim, mas que aí problema meu, só comigo aconteceu isso no prédio. Beleza, mas se pode ter relação, então eles não teriam que arcar com isso? Não. Eu que devia ter desligado o aquecedor. Então eles não deveriam ter avisado isso? Deveriam, mas claro que não avisaram.

Sei que são oito da noite, e eu PRECISO do meu banho quentinho para manter minha sanidade. Dei uns oito murros na parede e tô com a mão doendo. Descontrolei.

3 de setembro de 2008

Tem vez que é preciso dar um passo pra trás pras coisas se acertarem. Foi o que eu fiz, voltei atrás, não me arrependi e agora tudo parece muito mais claro. Como se depois de anos numa situação que beirava o incompreensível a ficha tivesse caído. E tudo ficou muito mais fácil desde então. Finalmente consegui entender que nem tudo precisa ser definitivo, imediato e extremo. Levar tudo numa boa, mas não deixar a vida te levar.

27 de agosto de 2008

ella ella ê ê ê.

Resolvi largar tudo que eu estava fazendo aqui e falar sobre uma coisa muito importante.
Está no ar o Blog da Antonella! Aí você vai me perguntar pra quê eu tô fazendo propaganda gratuita e eu vou te responder que não é só pelo fato de a Antonella ser uma das minhas melhores amigas, mas sim porque, finalmente, ela resolveu compartilhar com o mundo virtual todas aquelas coisas que nós, amigos, temos de ouvir enquanto a voz dela fica cada vez mais fina e as mãos vão para o bolso.
Estar ao lado da Antonella é sempre muito engraçado. Primeiro porque ela tem teorias absurdas sobre coisas que, na verdade, não tem muita importância. Mas que quando saem daquela boca cheia de dentes passam a fazer muito sentido.
Por exemplo, o post de estréia do Blog. Eu sempre achei absurdo quem corta macarrão também, mas nunca consegui criar argumentos para essa discussão. Pois é aí que entra A Menina Vermelha. Criar argumentos incontestáveis para coisas altamente contestáveis.

Boa leitura.

23 de agosto de 2008

ah, saudade.

"A Frah, eu a conheci quando éramos dois virgens sonhadores, espinhudos e estudantes de inglês no ccaa. Mas eu achei q conheci. Porque só fui conhecer mesmo numa certa balada aí, com algumas miligramas a mais de etanol na veia do que o recomendado para jovens de dezesseis anos e, mesmo, velhos.

Fora isso, eu nunca falo muito com ela. A ponto de não poder dizer que sou muuuuito próximo. Mas, estranhamente, quando saímos, parece fazer muito sentido ficar ao seu lado. Aquela parada de ficar olhando as nuvens passarem é verdade, é legal fazer isso com a Frah. Parece misterioso e óbvio. Acho que é porque ela assume a complicadez da vida, não é? Não fica tentando colocar nada em fórmulas fáceis, marteladas...

no fundo, a vida é bem igual às nuvens, Frah querida, por isso que você tá certa em olhá-las: em teoria é tudo tão simples, um monte de algodão branco no céu. Mas, pensando bem, puta que pariu, como é possível?

Beijos, de seu amigo esporádico mas sincero"

"Tenho pensando nesse testimonial faz bastante tempo, bastante mesmo, desde antes das nossas tequilas no Crossroads em Curitiba..se lembra daquele dia? Mas às vezes faltava o que dizer, ou melhor, não o que dizer, mas como falar, o que sempre complica esse tipo de coisa :/
Mas daí surgiu a idéia de escrever pra você, pro Pola e pro Gordo num mesmo dia, em homenagem ao Quarteto, lembra? Meio que uma nostalgia da sua bolsa assinada com nossos nicks, das idas à casa do Seu Oswaldão, das noites no Free Shop, dos churrascos no negão, ou mesmo dos dias nem tão legais, como a Feijrina, ou aquele dia no pastel ali na tiradentes, não sei se você se lembra, em que eu, MUITO bêbado depois de voltarmos do Bar do Véio, te disse aquelas merdas verdadeiras sobre a minha vida amorosa citando Marx eahaeh E você me lembrou disso em Ctba e quase me fez chorar! E eu respondi dizendo que, fora a minha família, foi você quem melhor cuidou de mim, e dessa vez quem quase chorou foi você :~
E é bem verdade isso, seja por causa das dezenas de memos que nos mandávamos com os quits absurdos no IRC, ou pela incrível capacidade que você tem de aliviar os problemas mais cabulosos com o seu abraço (lembra do show do cover da Legião Urbana na Velvet?!?!?!?) E é nisso que eu penso quando tenho uns problemas aqui: penso em como seriam diferentes, ou em como eu saberia lidar melhor com eles se você morasse em Sampa."

14 de agosto de 2008



So be it, I'm your crowbar (if that's what I am so far)until you get out of this mess.
And I will pretend that I don't know of your sins until you are ready to confess.
But all the time, all the time...I'll know.

baby, i can't help you out while she's still around.

11 de agosto de 2008

condição.

Correndo o risco de me arrepender assim que clicar em “enviar” – ainda estranho fazer esse tipo de coisa, sinto falta das cartas escritas e entregues em belas dobraduras. De qualquer forma, sei que é um risco necessário, preciso falar, escrever, desabafar. Te dizer tanta coisa que ficou entalada todas as vezes que você foi embora e eu fiquei sozinha nessa cidade, sabendo que você poderia voltar a qualquer momento – e você sempre volta.
Acontece que de uns tempos pra cá caí nessa da introspecção, cilada, eu sei. Mas vi, revi, pensei e cheguei à conclusão de que tenho adiado todas as minhas escolhas, tenho deixado de lado o que eu gosto, amo e acredito. Não posso defender o amor, não posso pedir confiança, sinceridade, lealdade se a única coisa que tenho na minha vida que pode ser chamada de “relação”, isso que a gente parece ter, vai contra tudo que é verdade pra mim. Não posso exigir isso de outra pessoa se eu não estou sendo verdadeira com o que penso.
Então, baby, daqui pra frente vai ser assim. Não me procure, não venha falar comigo dizendo que vai voltar, que nossa hora tá chegando. Pode apagar meu telefone da sua agenda (mesmo ele estando ali com um nome diferente, pra ela não perceber). Esqueça. E quando virar gente de verdade, espero que você aprenda que não há nada de errado em querer uma pessoa só pra você.


eu só aceito a condição de ter você só pra mim.

eu sei, não é assim, então eu vou embora.

7 de agosto de 2008

carrego no pulso a saudade, a vontade de te dar um último abraço, de passar a mão no seu cabelo fininho. a massagem no pé, o estralo nas costas, o halls na boca, o bombom de morango. as conversas, as noites varadas, os porres de vodka barata, os sucos de morango com leite, as viagens. sua voz desafinada, sua sinceridade quase cruel, sua risada. o tapa na perna quando fica puto, a minha boca cortada.
e ali vai ficar pra sempre, no pulso, o que você mais me ensinou: perseverar, porque o amanhã a gente prepara hoje.

28 de julho de 2008

Retorno às aulas.

Na primeira aula do semestre, o professor pediu para cada um dos alunos contar uma história por que passou, presenciou, qualquer coisa. Eu fui lá e disse que não me sentia bem falando da minha vida pessoal para pessoas que eu não conheço muito bem.

Quando voltei para minha confortável carteira, pensei "ops, eu tenho um blog".

23 de julho de 2008

De todas as coisas que pensei em colocar aqui, o que talvez ajudaria a curiosidade das minhas amigas que querem saber tudinho da viagem, prefiro só deixar alguns pensamentos soltos que me ocorreram durante esse um mês, coisas que eu via e logo tinha vontade de postar aqui.
O resto, as histórias, os detalhes, prefiro contar ao vivo e pra quem tiver realmente saco de ouvir.

Vamos lá.
1) Gostaria de descobrir quem foi o imbecil que soltou por aí o boato de que a pizza italiana é uma merda. Essa pessoa merece uns bons tapas ou um bom guia (eu tive meu tio), que vai entrar numa ruelinha de nada e lá vai ter a pizzaria mais fabulosa do mundo, depois de uma portinha velha de madeira.
2) Não existe nada, NA-DA, mais irritante do que grupos de excursão. Primeiro porque andar em bando deve ser um saco, depois porque eles atrapalham toda e qualquer pessoa que queira, calmamente, fazer um bom e silencioso passeio. Perdi a paciência muitas vezes por causa desses grupos e precisava deixar isso aqui registrado.
3) Respeite avisos como: NÃO FOTOGRAFAR COM FLASH, PROIBIDA ENTRADA DE ANIMAIS, RESPEITE A FILA.
4) E, por último. SAIAM DA FRENTE DA PORRA DA MONALISA!!!

Obrigada pela atenção. Voltamos agora com a programação normal. :)

19 de junho de 2008

she's shaking down (it's never over and done)

It's 2:45 in the morning and I'm putting myself on warning. I could be another fool or an exception to the rule, I could make you satisfied in everything you do. All your 'secret wishes' could right now be coming true, and be forever with my poison arms around you. But it's sure as fate and hard as your luck. No one'll know where you are. It's just a brief smile crossing your face.

Got a broken heart and your name on my cast. Nobody broke your heart. You broke your own because you can't finish what you start. But it's sure as fate and hard as your luck. No one'll know where you are. It's just a brief smile crossing your face. The potential you'll be that you'll never see. The promises you'll only make. All spit and spite you're up all night and down every day. A tired man with only hours to go just waiting to be taken away.

Who'd like to see me down on my fucking knees?
It's just that everyone's interest is stronger than mine.
I think I'm gonna make the same mistake twice.

11 de junho de 2008

essas coisas todas

Desde que descobri minha hérnia de disco lombar, todo dia ao acordar me alongo por cinco minutos. Só assim consigo levantar com um humor um pouquinho melhor, porque aí minhas costas não ficam doendo terrivelmente. É horrível conviver com uma dor que não passa, por nada. Quer dizer, se eu tomo um Toragesic eu fico tranqüila, mas ultimamente tenho me recusado a tomar qualquer remédio, me cansei deles.

Esse meu ano não está sendo nada fácil, nada mesmo. Muita gente pode achar besteira, afinal a faculdade tá bem mais tranqüila, eu não trabalho mais e blá blá. Mas muita coisa já me aconteceu de janeiro pra cá, coisas nada fáceis e todos os dias eu preciso me acalmar, respirar fundo, sufocar a saudade que eu sinto de tanta coisa e saber que uma hora isso vai passar, eu vou me acostumar e tudo que vai ficar são as lembranças boas dos anos todos que já passaram. Eu não tô falando de homens, que isso fique bem claro. Há tanto problema maior do que esses relacionamentos que eu me meto.
Sei que todos os dias têm sido uma luta pra mim, e ou eu me entrego a essa dor toda que eu sinto ou eu levanto e tento seguir minha vida com um sorrisinho no rosto. Tento sempre escolher essa segunda opção, mas de vez em quando tudo que eu quero é ficar na cama e dormir, pro tempo passar mais depressa.

Sexta fui assistir Sex & The City com as meninas. Eu não sou lá uma expert em moda, como vocês já devem ter percebido. Mas eu sei o que acho bonito e o que acho feio. Carrie Bradshaw faz até um cinto de rebite MEDONHO ficar bonito. É a maravilha de ser magra, né, minha gente. Você veste um lençol e tá massa.
E uma coisa que a Amanda sempre diz: toda mulher tem um Mr. Big na vida.
Olha, tomara. Se um homem me constrói um closet daquele, eu agarro e não solto nunca mais. Um bom homem entende o vício da mulher por sapatos, né.

Então é isso, minha gente. Eu vou dar uma bela sumida daqui.
Final de semestre, últimas semanas de aula, correria um pouco maior. Aula termina dia 20, dia 24 embarco para a viagem dos meus sonhos e só volto no final de Julho.
Até lá, saibam que estou tentando aproveitar cada minuto.

25 de maio de 2008



Mais uma vez chegou o dia em que me sinto um lixo, que tenho vontade de tomar um banho de cinco horas pra ver se essa sensação de sujeira vai embora. Agora, depois de tantas vezes repetidas, já consigo prever o futuro próximo: noites seguidas com um vazio imenso, uma saudade enorme e a certeza de que estamos, aos poucos, fracassando.
Serão dias que passarão devagar, e em que me culparei um a um por todos os problemas que nos acontecem.

E depois isso vai passar. Eu vou voltar para minha vida rotinada, pras minhas emoções sonsas e pros beijos sem graça.

14 de maio de 2008

Com quantos Nikes se faz uma Patrícia?

Há alguns dias ouvi comentários que me tiraram do sério sobre patricinhas e playboys. Desde então, tenho me perguntado o que é que faz uma pessoa ser ou se considerar membro deste grupo de pessoas.
Eu não acho que Patricinha é estilo, acho que é estado de espírito e caráter. Não acho que seja a quantidade de bens possuídos que faz uma Patricinha, mas o quão a pessoa necessita deles, se apega e dá valor. Junto com isso, vem a maneira como elas vêem todos os outros excluídos deste grupo tão seleto. Vêem e tratam.

Eu vim de uma cidade do interior em que havia não um grupo de Patrícias, mas O grupo delas. Eram só as meninas mais arrumadas, com os tênis mais caros, quilos de maquiagem cobrindo as espinhas da adolescência, cabelos milimetricamente alisados. E elas estudavam todas no meu colégio e andavam no intervalo de braços dados, olhando pra todo o resto como se fôssemos bichos. Se algum dia você trombasse, sem querer, em uma delas, podia esperar uma patada das mais mal educadas.
Não sei que fim levou esse grupo, nem sei se ainda são amigas. Sei que passei por poucas e boas naquele colégio, porque fazia parte da turma dos "nerds brincalhões" que fazia piadas com fórmulas de química, então o desprezo das Rich&Famous era visível.

Sei também que nunca fui infeliz por não estar nesse grupo de meninas. Grande parte delas eram filhas de amigos dos meus pais, freqüentavam o mesmo clube, os mesmos restaurantes e os mesmos jantares de amigos que a minha família. Minha mãe sempre deixou claro para nós três (tenho duas irmãs, gente) que se quiséssemos poderíamos ter as mesmas coisas que elas, mas que achava uma besteira tamanha se importar isso. Por isso minha mãe nunca foi do tipo que se importou das filhas não usarem salto alto, terem uma coleção de tênis velhos e adorarem ir nos botecos mais fuleiros.
Enfim, voltando ao assunto.

Tudo isso me veio à cabeça porque ouvi o comentário que Patricinha era quem tinha carro. Eu tenho um carro, só meu, presente do meu pai. Não tenho a mínima vergonha de falar que ganhei, mesmo, que não comprei com meeeeu dinheiro. Agora, me sinto melhor por isso? Não. Se me sinto pior por não ter um iPod? Não. Se me sinto mal vestida porque minhas roupas não são todas de marcas, meus tênis não são novos, meu cabelo não está sempre bonito e grande parte da minha maquiagem é da Avon, mesmo? Not at all.
Acho ser Patricinha soooooooooo last century, hoje quando tô no salão e vejo a nova geração de Pattys entrando acho todas elas cafonérrimas, parecendo senhoras de 40 anos de tanta produção, sabe?

Acho que se algum dia na vida essas meninas criarem juízo, vão ver como é tudo máscara, pó e prancha. Que no banho isso vai embora.

6 de maio de 2008

Mudei.

Porque o cinza demais estava me deixando melancólica, e enjoei da foto da Regina Spektor (vai, briguem comigo).
Mas principalmente porque eu estou levando a sério minha fase clean.
Muito branco, duas das minhas cores preferidas, inspiração em uma camiseta e na minha música preferida de Au Revoir Simone (recomendo, hein).

São duas da manhã e eu não consigo dormir por causa do cochilo que tirei hoje à tarde e do café de antes da aula, às 19h. Falta do que fazer, uma idéia boba na cabeça. Deu isso aí.

3 de maio de 2008

Todo dia eu penso em alguma coisa pra escrever aqui, mas acabo esquecendo o que era assim que abro essa caixa de texto. Sempre tenho vontade de escrever sobre as coisas que, na minha opinião, são as que dividem as pessoas em dois grupos, como por exemplo se elas mastigam ou chupam a bala até o final, se elas enchem a fôrma de gelo depois de tirarem mesmo que apenas 2 pedras, se elas fazem a cama todo dia ao levantar ou deixam daquele jeito mesmo porque de noite vai desarrumar igual. Essas e muitas coisinhas eu fico pensando quando vejo meus amigos fazendo alguma coisa diferente do jeito que eu faço sempre.

E tenho me ocupado desses pensamentos banais porque, de verdade, não há mais no que pensar. Estou naquela fase em que nada acontece, que as coisas ficam paradas e os sonhos que temos de noite são o ponto alto das nossas emoções. E por isso eu não tenho nada pra escrever aqui, por isso quesumi daqui e do livejournale que não telefono pra mais ninguém pra conversar: eu não tenho coisa alguma pra falar.

14 de abril de 2008

Dia desses uma amiga postou no Twitter algo como "fazendo planos pra daqui dois anos. é ótimo sentir que eles fazem sentido". Mais tarde fui perguntar que planos eram esses e ela disse que eram os de depois da formatura, que ela iria fazer tal e tal coisa e já estava super decidida quanto a isso. Aí veio a pergunta, né, de quais eram os meus planos pra daqui dois anos, depois de receber o canudo.
E o fato é que eu não tenho plano algum, eu tenho idéias e vontades, mas ainda não tracei nenhuma meta ou escolhi algo concreto pra fazer. E a verdade é que não me sinto nem um pouco mal por causa disso, não me sinto adiando minhas responsabilidades ou fugindo da vida de adulto.

Mas eu não tenho essa vontade louca de sair por aí lutando pela melhor vaga no melhor jornal da cidade. Eu tenho 21 anos ainda. Eu sou nova, eu quero conhecer muita coisa, quero estudar muita coisa ainda, quero viajar, encontrar pessoas novas e descobrir aquele barzinho escondido com o melhor bolinho de bacalhau do mundo.
Pode ser que, sim, isso me torne uma grande filhinha da papai, mas acho que se existe a possibilidade de fazer essas coisas, por que não aproveitar? Pra que me jogar nesse mundo insano em que se cumpre um tanto de horas de trabalho, se volta pra casa quase na hora de dormir de novo pra no outro dia fazer tudo exatamente igual? Eu prefiro deixar isso pra um pouco depois desses dois anos que me faltam antes de ser uma profissional do jornalismo.

Então por enquanto eu prefiro deixar meus planos em stand-by e e vou atendendo mais minhas vontades. Talvez eu fique pra trás do resto da turma, mas tomar essa atitude é algo que eu preciso, e muito, pra manter minha sanidade.

7 de abril de 2008

Acordo sempre atrasada para a aula. Mas faço isso de propósito.
Depois que me mudei pra mais perto do campus, se a aula é 8h30, eu acordo 8h20, me arrumo tranquilamente e saio de casa umas 8h40. Todo dia eu faço assim.

Já tenho quase dois anos de carteira, mas aindo sinto frio na barriga quando vou tirar o carro da garagem. Mudei de vaga recentemente e isso só piorou meu nervosismo. A nova vaga é mais apertada e eu preciso tirar o carro de ré. Odeio.

Acendo o primeiro cigarro do dia no caminho pra faculdade. Como já estou atrasada, não posso chegar lá e esperar que o Chico esteja do lado de fora fumando um cigarro para me acompanhar. Logo, preciso fumar no carro, o que eu não gosto muito, já que tem vez que vou bater a cinza e ela voa pro lado de dentro e o carro fica sujo.

Volto pra casa e já programo que horas eu vou sair para almoçar no restaurante aqui do lado de casa. E já penso no que eu estou com vontade de comer, pra não chegar na fila do buffet e ficar nervosa por não saber o que escolher.

Sempre que saio do restaurante, ao invés de fazer o caminho mais curto, dou uma volta na quadra inteira pra passar na quitanda que tem do outro lado.

Se tenho mais alguma aula no resto do dia, já penso com que roupa vou, que horas vou sair de casa, o que eu preciso levar e deixo tudo organizado. Isso foi o mais difícil pra mim, rainha da desordem. Mas depois de esquecer diversas vezes textos, anotações, cadernos e contas a pagar em casa, precisei me disciplinar.

Todo dia antes de dormir eu preciso assistir algum seriado. É o meu jeito de me desligar e dormir melhor. Se eu for do MSN pra cama, eu fico horas sem conseguir dormir. Se eu vejo um seriado, 20 minutos e eu já estou capotada.

Arrumo meu quarto todo dia, mas ele está sempre bagunçado. Os tênis estão sempre espalhados, junto com as meias, o dinheiro e as calças jeans.

Dentro da minha desordem, arrumei um jeito ordenado de sobreviver. Odeio quando algo sai da minha rotina, não gosto de precisar reprogramar a minha semana que está tão redondinha e certa.
Morar sozinha não é fácil, mas tem lá seus lados bons: faz três anos que eu escolho a marca do meu sabonete.

31 de março de 2008

J: We really do need to move on and meet new people and have new relationships.
D: It's weird how that happens, isn't it? You still love the person but you just stop needing him like you used to.


Tão bom.


15 de março de 2008

"Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não queria que fosse assim. Eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro, mas eles não me deixam, você não me deixa."

Caio Fernando Abreu

Tô com preguiça.

5 de março de 2008

This is how it works
You're young until you're not
You love until you don't
You try until you can't
You laugh until you cry
You cry until you laugh
And everyone must breathe
Until their dying breath

No, this is how it works
You peer inside yourself
You take the things you like
And try to love the things you took
And then you take that love you made
And stick it into some
Someone else's heart
Pumping someone else's blood
And walking arm in arm
You hope it don't get harmed
But even if it does
You'll just do it all again.


;)

10 de fevereiro de 2008

Talvez esse post fique parecendo um "Promessas para 2008", mas não é bem isso. Preciso desabafar, gente.

Desde que me mudei pra Curitiba, fico adiando algumas resoluções o tanto quanto posso. E são decisões do campo profissional E pessoal. Mas cheguei ao meu limite, cansei de "ah, mês que vem faço isso". Não, não dá. Já é meu quarto ano morando fora e preciso entender que não tenho mais minha mamãe do lado pra ver se eu estou precisando de meias novas.
Então vou embora pra Curitiba provavelmente dia 20 e me dei dois dias para ir atrás de todas as coisas que preciso.
Claro, das coisas concretas.
Depois têm todas aquelas outras pequenas mas que vão se acumulando e, né, cansam. Por exemplo, cansei de esperar gente indecisa, então, bem, não sabe o que quer...TCHAU.

Então é isso. Depois das férias mais turbulentas de toda minha vida (ou como diz Homer Simpson "da sua vida...até agora"), tento aos poucos colocar tudo nos eixos.

17 de janeiro de 2008

Aproveitando que loguei na conta do google que eu uso no blogger (porque eu tenho tipo 8 contas no google e morro de preguiça de deslogar em uma e logar em outra), vou dar uma postada.
Welly, welly, well.
No último dia de 2007 pela manhã recebi a notícia mais triste da minha vida. Passei a virada sem conseguir respirar direito, de tanto que me doía a idéia de nunca mais me encontrar com uma das pessoas por quem tenho maior carinho. Enfim.
Aos poucos a dor vai passando, mas a saudade aumenta a cada dia. E ela dá as caras nas horas mais inesperadas, quando se está andando pela rua e em alguma loja está tocando a música que te faz lembrar todos os bonitos momentos passados.

Eu poderia fazer um post de muitos e muitos caracteres contando tudo que eu passei com o Daniel. Tudo que eu aprendi com ele, todas as risadas, todas as conversas que nós tínhamos por madrugadas inteiras. Mas ainda não consigo. Não dá.
Agora eu só sei dizer que eu sinto a falta dele, de um jeito que jamais senti de alguém. E que eu nunca vou falar "eu amava esse menino" porque nesse caso o verbo nunca poderá ser usado no passado.