14 de setembro de 2008

A essa hora do dia (alguns minutos passados das 18h) entra pela minha janela um feixe de luz laranja. Escancaro a cortina para que a cor tome todo o quarto, me sento na cama, que fica em frente à janela, e olho para fora, com os olhos apertados por causa da luz. É sempre bonita essa hora do dia, especialmente aos domingos, quando as buzinas e freadas dão uma trégua ali na avenida. E eu fico aqui, só sentada escutando o silêncio, sentindo a luz laranja.





“Uma ocasião,
meu pai pintou a casa toda
de alaranjado brilhante.
Por muito tempo moramos numa casa,
como ele mesmo dizia,
constantemente amanhecendo.”




Aqui só anoitece.