Bagaceira, baby
Eu sempre soube que eu sou normal. Não tenho um cabelo maravilhoso, nem olhos azuis e lindos e muito menos um corpinho de parar trânsito. Sempre me coloquei no meu lugar e nunca fui a primeira que os meninos olham em uma festa quando estou com as minhas amigas. Mas tem dia que resolvem esfregar isso na minha cara.
Em um certo verão, fui pra Florianópolis com a família e amigos da família. Estávamos almoçando em um restaurante, conversando, tomando caipirinhas quando, de repente, entram três mulheres: a mãe e duas filhas. As três com um bronzeado perfeito, pulseiras de prata até o cotovelo, cabelos lisos e hidratados e de um loiro espetacular. Elas sentaram, almoçaram uma saladinha e tomaram água com gás. Eu fiquei tipo hipnotizada com aquelas mulheres. Todo mundo do restaurante ficou, na verdade.
Mas, então, quando elas se levantaram pra ir embora, todo mundo percebeu: não sabiam andar de salto.