25 de abril de 2007

Eu tinha programado pra que toda quarta fosse o pior dia da minha semana.
Peguei duas optativas na reitoria e passaria a manhã e a tarde toda lá, e tinha mais duas aulas, das 18h30 às 22h30, lá na Floresta.
Na primeira semana de aula, acordei às 6h30 da manhã, entrei no Orkut (cof cof, vício) e já deixei scrap pra Iasa, que ia fazer todas essas aulas comigo, dizendo que só continuaria naquela da manhã se a professora fosse excepecionalmente maravilhosa. Fui lá e a #$%@ da professora ERA tudo isso.

Então tá, acabei cancelando a da tarde, Sociologia da Cultura, e acabou que a disciplina que eu teria a primeira aula da noite ficou sem professor e estamos sem aula há um mês (jóia).
Pois lá vou eu, toda quarta, 7h30 da manhã assistir aula de (toma fôlego) Teoria Sociológica Contemporânea III.
Entre Adorno, Horkheimer, Benjamin e blá blá blá, a professora tem umas reflexões daqueles que são tipo "ó".
Nunca vou esquecer quando ela começou a falar sobre a burguesia revolucionária e disse "vamos transcender, mas bem vestidos".
Lindo.

Então hoje, enquanto estudávamos Indústria Cultural e mais especificamente cinema, ela começou a explicar sobre a idéia de que a modernidade cria a experiência de choque, que serve para "despertar" na classe média reflexão, crítica e transformação.
Então um aluno perguntou se imagens do tipo a da bomba de Hiroshima e dos atentados de 11/09 seriam um exemplo do tal choque.
E ela explicou que não, com uma frase brilhante (e que virou "quem sou eu" no meu orkut hahaha)

"A linha entre o sonho e a realidade é muito tênue quando tudo vira pesadelo"