Eu tinha programado pra que toda quarta fosse o pior dia da minha semana.
Peguei duas optativas na reitoria e passaria a manhã e a tarde toda lá, e tinha mais duas aulas, das 18h30 às 22h30, lá na Floresta.
Na primeira semana de aula, acordei às 6h30 da manhã, entrei no Orkut (cof cof, vício) e já deixei scrap pra Iasa, que ia fazer todas essas aulas comigo, dizendo que só continuaria naquela da manhã se a professora fosse excepecionalmente maravilhosa. Fui lá e a #$%@ da professora ERA tudo isso.
Então tá, acabei cancelando a da tarde, Sociologia da Cultura, e acabou que a disciplina que eu teria a primeira aula da noite ficou sem professor e estamos sem aula há um mês (jóia).
Pois lá vou eu, toda quarta, 7h30 da manhã assistir aula de (toma fôlego) Teoria Sociológica Contemporânea III.
Entre Adorno, Horkheimer, Benjamin e blá blá blá, a professora tem umas reflexões daqueles que são tipo "ó".
Nunca vou esquecer quando ela começou a falar sobre a burguesia revolucionária e disse "vamos transcender, mas bem vestidos".
Lindo.
Então hoje, enquanto estudávamos Indústria Cultural e mais especificamente cinema, ela começou a explicar sobre a idéia de que a modernidade cria a experiência de choque, que serve para "despertar" na classe média reflexão, crítica e transformação.
Então um aluno perguntou se imagens do tipo a da bomba de Hiroshima e dos atentados de 11/09 seriam um exemplo do tal choque.
E ela explicou que não, com uma frase brilhante (e que virou "quem sou eu" no meu orkut hahaha)
"A linha entre o sonho e a realidade é muito tênue quando tudo vira pesadelo"
22 de abril de 2007
Poucas palavras.
Não porque não existam coisas para contar, mas é que percebi que elas se resolvem mais facilmente quando guardadas aqui dentro da caxola.
Descobrindo novas amizades e redescobrindo antigas. Trabalhando nas já duradouras com forças que vieram sei lá da onde.
Aprendendo a superar brigas tolas, desentendimentos idiotas.
Têm dias que a gente se esforça tanto pra que as coisas aconteçam, e elas não acontecem.
Daí quando você relaxa e resolve deixar fluir no ritmo certo, tudo começa a se encaixar.
Ontem teve formatura de Comunicação. Foi divertido, coisa e tal.
Não porque não existam coisas para contar, mas é que percebi que elas se resolvem mais facilmente quando guardadas aqui dentro da caxola.
Descobrindo novas amizades e redescobrindo antigas. Trabalhando nas já duradouras com forças que vieram sei lá da onde.
Aprendendo a superar brigas tolas, desentendimentos idiotas.
Têm dias que a gente se esforça tanto pra que as coisas aconteçam, e elas não acontecem.
Daí quando você relaxa e resolve deixar fluir no ritmo certo, tudo começa a se encaixar.
Ontem teve formatura de Comunicação. Foi divertido, coisa e tal.
15 de abril de 2007
10 de abril de 2007
No começo do ano, quando fui pra pousada com os amigos, numa das noites a gente ficou tomando vinho e conversando sobre o passado. Sempre que me encontro com esses amigos isso acontece, porque nos conhecemos há mais de 10 anos.
Eis que começamos a nos lembrar do tempo de colégio e percebemos como a gente esquece as coisas mais desagradáveis, as pessoas que nos incomodavam. Aquele menino que tirava sarro do seu óculos, ou o fato de nunca ser o primeiro escolhido pro time de futebol na Educação Física. E, pelo que eu entendi, isso tem nome: recalque.
Lembrei disso porque ontem durante uma conversa daquelas que só seriam possíveis de acontecer quando há bastante espaçamento de tempo, entre os fatos, e espaço, entre as pessoas. E percebi como eu racalquei tanta coisa que eu fiz quando não havia tal separação. Como eu simplesmente apaguei da minha memória todas as filhadaputagens e como eu era sádica e terrível com a pessoa. Como eu adorava vê-la sofrendo por mim e a torturava com umas coisas estupidamente infantis. Tudo bem, eu tinha 14 anos. Mas não explica, sabe?
E daí eu me vi na posição de babaca da história. E eu tinha esqueci que algum dia já estive nela e não só na de quem é passado pra trás.
Foi um baque bem grande. E foi ruim.
Eis que começamos a nos lembrar do tempo de colégio e percebemos como a gente esquece as coisas mais desagradáveis, as pessoas que nos incomodavam. Aquele menino que tirava sarro do seu óculos, ou o fato de nunca ser o primeiro escolhido pro time de futebol na Educação Física. E, pelo que eu entendi, isso tem nome: recalque.
Lembrei disso porque ontem durante uma conversa daquelas que só seriam possíveis de acontecer quando há bastante espaçamento de tempo, entre os fatos, e espaço, entre as pessoas. E percebi como eu racalquei tanta coisa que eu fiz quando não havia tal separação. Como eu simplesmente apaguei da minha memória todas as filhadaputagens e como eu era sádica e terrível com a pessoa. Como eu adorava vê-la sofrendo por mim e a torturava com umas coisas estupidamente infantis. Tudo bem, eu tinha 14 anos. Mas não explica, sabe?
E daí eu me vi na posição de babaca da história. E eu tinha esqueci que algum dia já estive nela e não só na de quem é passado pra trás.
Foi um baque bem grande. E foi ruim.