Quem foi que disse que é impossível ser feliz sozinho?
Quando a gente sai de um relacionamento, parece que tudo começa a ir de mal a pior. Seus amigos já não tem tanta graça, suas roupas não te caem tão bem quanto antes, as festas não te chamam mais tanta atenção. Diz-se sempre que a gente "perde o chão" quando termina um namoro, casamento, caso, sei lá.
Então começam a te dizer que com o tempo tudo passa, o velho clichezão Uma amiga minha me contou que, em francês, a expressão similar a essa é "o açúcar precisa de tempo para derreter", achei bem bonito. Por mais clichê que seja, convenhamos, é a realidade.
Não há nada que o tempo não cure, coração partido que não se remende, saudade que não amenize. E depois desse tempo, para alguns, meses, para outros, anos, décadas, que seja, a nossa memória fica tão seletiva que a gente começa a esquecer até alguns acontecimentos chatos daquele relacionamento: é verdade, as lembranças boas são, sim, as que ficam, por mais terrível que tenha sido o término.
Tem gente que prefere arrumar um substituto rapidinho, porque aí a dor é menor. Pois eu vou te contar uma coisa: não há nada como aprender que a melhor companhia que se pode ter é você mesmo. Não se trata de se isolar, se fechar num casulo. Mas de se sentir bem, gostar de ficar alguns minutos pensando e sem medo do que pode aparecer entre teus pensamentos.
Portanto, se eu pudesse vender um conselho, ele seria: faça as pazes consigo mesmo. Convide-se para o cinema, cozinhe um jantar gostoso, passeie. Não deixe o romance mais importante de todos morrer. O romance que se deve nutrir com nossa alma.
Se nada disso adiantar, vá a um pet shop e compre um gato.
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