Passei o dia meio atordoada hoje. Talvez porque depois de muito tempo eu finalmente resolvi ir pra aula 8h30 da manhã ou talvez só porque tá tudo muito estranho nas últimas semanas, mesmo.
Ando pensando em como nos prendemos a fatos pequenos e não conseguimos simplesmente relaxar e pensar "tudo bem, não tem importância, deixa pra lá". E ao mesmo tempo não conseguimos reconhecer as pequenas coisas que realmente importam: um cd que te gravam com as músicas que lembram você, um telefonema no meio da madrugada só pra dizer um oi ou só o "você é tão legal" dito com a boca entreaberta, por causa da vergonha.
Eu não consigo relaxar. Eu não consigo me soltar. Tem hora que eu penso que eu vivo a minha vida inteira fingindo risadas, porque na verdade tudo que eu tenho levado aqui dentro é um grande vazio e se possível fosse um aperto no vazio. Angústia, agonia e vontade de me desligar de tudo e todos por um bom tempo.
Vontade louca de mandar muita gente calar a boca e me deixar em paz, pelo amor de deus.
E eu me pego pensando no porquê de vir aqui escrever tanta besteira, mas acontece que tá cada dia mais difícil não vestir essa máscara de alegria e assumir o "oi, numtôlegal". De vez em quando dá preguiça de falar.
10 de outubro de 2007
"tenho visto intelectuais demais ultimamente. me canso fácil dos preciosos intelectos que precisam cuspir diamantes toda vez que abrem as suas bocas. eu me canso de ficar batalhando por cada espaço de ar para o espírito. é por isso que me afasto das pessoas por tanto tempo, e agora que estou encontrando as pessoas, descubro que preciso voltar pra minha caverna. existem outras coisas além da mente: há insetos e palmeiras e trituradores de pimenta, e eu vou ter um triturador de pimenta na minha caverna, portanto riam."
Não fode, Buks.
Não fode, Buks.
2 de outubro de 2007
Quando a gente fica assim, entre amigos, sem ter o que fazer, nada melhor do que começar a falar de coisas sem muito sentido, ou melhor, que fazem tanto sentido que a gente nunca pára "normalmente" pra pensar.
Pois é, sábado de noite a gente tava aqui em casa, eu e mais amigos, e conversa vai, conversa vem, começamos a falar sobre por queeeeeeeeee as pessoas mais velhas têm mais dificuldade em entender como funcionam as coisas mudérnas. Minha mãe, por exemplo, já tentou fazer curso de informática, mas não adiantou de nada e ela preferiu nunca mais chegar perto do computador. Meu pai só sabe mexer no powerpoint. Minha vó não sabe falar no celular. Sabe, essas coisas.
Eis que surge a pergunta: o que será que vai existir quando a nossa geração ficar velha que a gente não vai saber como fazer funcionar?
A resposta encontrada é: MALDITA CONVERGÊNCIA!
(e parabéns pro papis que hoje faz 55 anos e se dá de presente uma viagem pra pescar na argentina. ae!)
Pois é, sábado de noite a gente tava aqui em casa, eu e mais amigos, e conversa vai, conversa vem, começamos a falar sobre por queeeeeeeeee as pessoas mais velhas têm mais dificuldade em entender como funcionam as coisas mudérnas. Minha mãe, por exemplo, já tentou fazer curso de informática, mas não adiantou de nada e ela preferiu nunca mais chegar perto do computador. Meu pai só sabe mexer no powerpoint. Minha vó não sabe falar no celular. Sabe, essas coisas.
Eis que surge a pergunta: o que será que vai existir quando a nossa geração ficar velha que a gente não vai saber como fazer funcionar?
A resposta encontrada é: MALDITA CONVERGÊNCIA!
(e parabéns pro papis que hoje faz 55 anos e se dá de presente uma viagem pra pescar na argentina. ae!)